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Meio ambiente

Fenômeno climático La Niña pode durar até março

Esta é a primeira vez neste século que La Niña dura três invernos consecutivos no hemisfério norte

Fenômeno La Niña em 2021. É a terceira vez, desde 1950 que La Niña dura três invernos consecutivos no hemisfério norte (ou três verões consecutivos no hemisfério sul)Fenômeno La Niña em 2021. É a terceira vez, desde 1950 que La Niña dura três invernos consecutivos no hemisfério norte (ou três verões consecutivos no hemisfério sul) - Foto: Divulgação / ClimaTempo

O fenômeno climático La Niña, responsável pelo agravamento da seca no Chifre da África, está se mostrando "excepcionalmente persistente" e pode durar até fevereiro ou março – alertou a ONU nesta quarta-feira (30).

Os cálculos da Organização Meteorológica Mundial (OMM) mostram que "há 75% de probabilidade de que La Niña persista durante o período de dezembro a fevereiro de 2022/2023, e 60% de probabilidade, para o período de janeiro a março", disse a organização em uma declaração.

As chuvas de monção mais intensas e prolongadas no Sudeste Asiático estão associadas ao fenômeno La Niña, particularmente no Paquistão, que sofreu inundações catastróficas em julho e agosto.

Esta é a primeira vez neste século, e apenas a terceira desde 1950, que La Niña dura três invernos consecutivos no hemisfério norte (ou três verões consecutivos no hemisfério sul), segundo o novo boletim Info-Niño/Niña publicado pela OMM.

A agência da ONU estima em 55% a possibilidade de o mundo viver um período sem La Niña, ou seu oposto, El Niño, durante os meses de fevereiro a abril de 2023. Essa possibilidade sobe para 70% nos meses de março a maio.

O fenômeno conhecido como La Niña causa um resfriamento de parte das águas superficiais do Pacífico, o que influencia o ciclo de precipitação e o clima de certas regiões do mundo.

A zona tropical do Pacífico está sob a influência de La Niña, com breves interrupções, desde setembro de 2020.

"Mas isso teve um efeito de resfriamento limitado nas temperaturas globais", comentou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, que alertou várias vezes sobre os estragos provocados pela mudança climática.

"Os últimos oito anos devem ser os mais quentes já registrados, e o aumento do nível do mar e o aquecimento dos oceanos se aceleraram", acrescentou.

De acordo com o relatório provisório da OMM sobre o estado do clima mundial em 2022, os padrões de precipitação deste ano em muitas regiões foram marcados por La Niña.

Na Patagônia, na América do Sul e no sudoeste da América do Norte, bem como no leste da África, foram registrados climas mais secos, enquanto o sul da África, o norte da América do Sul e o leste da Austrália ficaram mais úmidos.

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