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FGTS: julgamento sobre correção do Fundo será retomado hoje pelo STF? Entenda

Caso é o terceiro item da pauta da corte. Governo tenta adiar análise, com pedido de 30 dias para fazer uma proposta de remuneração do Fundo em conjunto com centrais sindicais

Aplicativo do FGTS Aplicativo do FGTS  - Foto:

A ação que pode levar a uma mudança na taxa de correção usada para os valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira, mas não há garantia de que será analisada. O caso é o terceiro item, e também há um pedido de adiamento apresentado pelo governo federal.

O julgamento começou em abril, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Nunes Marques. Até o momento, já há dois votos favoráveis a aumentar os ganhos dos trabalhadores.

O primeiro item da pauta do STF desta quarta é um processo que começou a ser julgado há 15 dias e que trata da exigência de separação prévia para efetivar o divórcio. Ainda faltam os votos de oito ministros.

Depois, começará a ser analisado um processo que discute se há omissão do Congresso em regulamentar a licença-paternidade. Esse julgamento ocorrerá em um novo formato em que está sendo testado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.

Nesse modelo, em um primeiro momento ocorre apenas a leitura do relatório e as sustentações orais das partes. Os votos dos ministros serão proferidos em outra sessão, a ser marcada posteriormente.

Caso não haja a conclusão de todos os itens da pauta nesta quarta, eles passam automaticamente para a sessão de quinta-feira. Portanto, há a possibilidade da ação sobre o FGTS ser analisada na quinta.

Entretanto, a Advocacia-Geral da União (AGU) tenta adiar o julgamento. No mês passado, o governo federal já conseguiu convencer Barroso a postergar o julgamento. Agora, há uma nova tentativa de adiamento. O presidente do STF é o relator da ação.

Na segunda-feira, o ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou que o governo pede um prazo de 30 dias para apresentar uma proposta elaborada em conjunto com as centrais sindicais.

Em abril, Barroso propôs a derrubada da Taxa Referencial (TR) e a correção pelo rendimento da caderneta de poupança. Ele foi acompanhado pelo ministro André Mendonça.

Atualmente, os saldos são corrigidos pela Taxa Referencial (TR) mais juros de 3% ao ano. O pedido original da ação, apresentada pelo partido Solidariedade, é de que a correção seja feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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