FIEMG: é imprescindível que jabutis em PL das eólicas offshore não sejam restabelecidos
Impacto estimado na tarifa de energia, poderia chegar a R$ 545 bilhões até 2050 com aprovação dos artigos
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) divulgou neste sábado uma nota avaliando ser imprescindível que os artigos vetados na lei que cria o marco regulatório às eólicas offshore (alto-mar) não sejam restabelecidos no Congresso Nacional.
O veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo a entidade, evita riscos "ao futuro do setor elétrico, à competitividade da indústria, às metas climáticas brasileiras e ao orçamento das famílias".
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Foram vetados pelo presidente os chamados "jabutis" incluídos no projeto de lei, trechos que tratavam de temas como a contratação de geração termoelétrica movida a gás natural e carvão mineral, além da energia de centrais hidrelétricas.
"A FIEMG reforça o apelo para que deputados e senadores tomem a decisão certa: manter os vetos e eliminar definitivamente os dispositivos que comprometem o desenvolvimento sustentável do Brasil", diz a nota.
O impacto estimado na tarifa de energia, se os artigos fossem aprovados, seria de R$ 545 bilhões até 2050, ou aproximadamente R$ 22 bilhões por ano, resultando em um aumento de 9% nas tarifas para os consumidores, de acordo com estudo feito pela consultoria PSR. É citada também a emissão de 250 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.