Filho de ex-candidato morto no México pede perdão presidencial para o assassino confesso
Colosio foi morto a tiros quando era candidato, durante um comício em Tijuana
Um filho de Luis Donaldo Colosio Murrieta, assassinado em 1994 quando concorria à presidência do México, pediu na segunda-feira ao presidente Andrés Manuel López Obrador perdão para Mario Aburto, o assassino confesso de seu pai.
"Pela compaixão do presidente, eu diria que é melhor perdoar Mario Aburto (...), para encerrar este assunto, para permitir que minha família e o México se curem", disse Luis Donaldo Colosio Riojas, que atualmente é prefeito de Monterrey, no norte do México.
Colosio Sr. foi morto a tiros quando era candidato do então hegemônico Partido Revolucionário Institucional (PRI) durante um comício em Tijuana (estado da Baixa Califórnia), na fronteira com os Estados Unidos, em 23 de março de 1994.
Aburto, 53 anos, é até agora a única pessoa presa pelo assassinato que abalou o país.
Segundo as investigações, o homem admitiu ser o assassino de Colosio e ter agido por conta própria. Ele foi condenado a 45 anos de prisão.
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Colosio Riojas pediu para “deixar isso nas mãos de outro sistema de justiça, porque o sistema de justiça mexicano era o responsável na época e hoje o que queremos é virar a página e construir algo novo”.
Em outubro passado, um tribunal concedeu a Aburto uma liminar que invalidou sua sentença, argumentando que ele deveria ter sido processado com base no Código Penal da Baixa Califórnia e não no federal.
A este respeito, Colosio Riojas disse que a Procuradoria-Geral da República não contactou a sua família e manifestou o seu repúdio a que o assunto seja “tratado” em período eleitoral.
"Está fazendo barulho desnecessariamente. Por que até agora? Por que sempre em época eleitoral?", questionou, referindo-se às eleições presidenciais de 2 de junho.