Filho de ministro de Netanyahu é morto durante guerra em Gaza
Exército israelense confirmou que Gadi Eisenkot perdeu a vida numa batalha ao norte do enclave palestino
O filho do atual ministro israelense e ex-chefe de gabinete Gadi Eisenkot foi morto durante uma batalha na Faixa de Gaza, confirmou o ex-ministro da Defesa e líder da oposição Benny Gantz. As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que o sargento Gal Meir Eisenkot, de 25 anos, perdeu a vida num combate ao norte do enclave palestino.
Além do filho do ministro, outro combatente, identificado como o major Jonathan David Deitch, também foi assassinado no mesmo dia, o que elevou para 89 o número de soldados mortos desde o início da guerra contra o Hamas, em 7 de outubro. Eisenkot e Deitch eram militares da reserva do país.
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Segundo o "Times of Israel", Gal Meir Eisenkot, atuava junto ao 699º Batalhão da 551ª Brigada, de Herzliya. O pai dele, Gadi Eisenkot, é ministro do governo de emergência e unidade nacional em Israel criado pelo presidente Benjamin Netanyhu e pelo ex-ministro da Defesa Benny Gantz para a gestão e a tomada de decisões da guerra, nos dias seguintes ao ataque terrorista do Hamas. Ele recebeu a notícia sobre a morte do filho enquanto visitava o Comando Sul das IDF ao lado de Gantz, nesta quinta-feira.
Ainda de acordo com o veículo de imprensa israelense, Gal Eisenkot foi morto depois que uma bomba explodiu num túnel perto de soldados no campo de Jabaliya, no norte de Gaza. Ele chegou a ser levado às pressas para um hospital em Israel, já em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos.
Jonathan David Deitch, de 34 anos, por sua vez, foi morto num tiroteio no sul da Faixa.
Pelas redes sociais, Netanyahu afirmou estar com o coração partido por causa da perda dos militares.
Em dois meses de guerra, a Faixa de Gaza já contabiliza 17.177 pessoas mortas desde o início do conflito, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas. Só nas últimas 24 horas, foram 350 mortes. Desse total, 70% são mulheres, crianças e adolescentes. Israel voltou a bombardear a região assim que o acordo com o Hamas para uma trégua e troca de reféns por prisioneiros palestinos foi suspenso, na semana passada.
A ofensiva concentra-se agora no sul do enclave, para onde 400 mil dos 1,1 milhão de habitantes do norte seguiram — após sucessivas ordens de deslocamento do Exército de Israel. O principal alvo agora é a cidade de Khan Younis, palco de combates descritos como os “mais intensos” da guerra.