América Central

Filhos de ex-presidente do Panamá serão detidos se voltarem ao país

Os dois foram condenados por receberem subornos milionários da construtora brasileira Odebrecht

Nesta foto de arquivo tirada em 06 de julho de 2020 Luis Enrique Martinelli (E) e Ricardo Martinelli Jr., filhos do ex-presidente panamenho (2009-2014) Ricardo Martinelli, permanecem algemados após serem presos na Cidade da GuatemalaNesta foto de arquivo tirada em 06 de julho de 2020 Luis Enrique Martinelli (E) e Ricardo Martinelli Jr., filhos do ex-presidente panamenho (2009-2014) Ricardo Martinelli, permanecem algemados após serem presos na Cidade da Guatemala - Foto: Johan Ordonez / AFP

Dois filhos do ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli, que terminam de cumprir suas penas nos Estados Unidos na próxima semana, serão detidos se retornarem ao Panamá, informou nesta segunda-feira (16) o judiciário.

Um tribunal resolveu rejeitar as solicitações do advogado de Luis Enrique e Ricardo Alberto Martinelli para “suspender a ordem de detenção” contra eles quando voltarem ao país.

Os dois concluem em 25 de janeiro sua condenação nos EUA por receberem subornos milionários da construtora brasileira Odebrecht.

Ambos estão imputados no Panamá, junto com seu pai, por suposta lavagem de dinheiro neste caso e por outro escândalo conhecido como “Blue Apple”, esquema de cobrança de comissões para agilizar contratos durante o governo de Martinelli (2009-2014).

Em 3 de janeiro, o advogado dos irmãos, Carlos Carrillo, disse à AFP que os filhos do ex-presidente haviam pagado 14 milhões de dólares em fianças para evitar sua prisão na chegada ao Panamá.

No entanto, o tribunal indicou nesta segunda que “não é viável deixar sem efeito a ordem de prisão preventiva” contra os dois porque “foi revisada e debatida amplamente no momento de decidir sobre as solicitações de fianças de desencarceramento”.

O comunicado do judiciário panamenho não cita o nome dos dois filhos, por razões legais, mas dá detalhes dos casos pelos quais são processados no país centro-americano.

O procurador-geral do Panamá, Javier Caraballo, afirmou nesta segunda que espera que os irmãos Martinelli “sejam devolvidos” ao país pelas autoridades americanas “para que respondam às investigações às quais estão submetidos”.

Em 2016, a Odebrecht se declarou culpada nos EUA de ter distribuído mais de 788 milhões de dólares em subornos, sobretudo na América Latina, para conseguir contratos de obras públicas.

O ex-presidente Martinelli, de 70 anos e dono de uma rede de supermercados, pretende ser novamente candidato presidencial nas eleições de 2024.

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