Filhote de bicho-preguiça é o mais novo morador do Parque Dois Irmãos, no Recife
Pequeno foi resgatado na Paraíba e encaminhado para o zoológico do Recife
Banho de sol, alimentação específica e cuidados médicos, além de carinho e atenção. É dessa forma que o bebê de bicho-preguiça será tratado no zoológico do Recife, localizado no Parque de Dois Irmãos, Zona Norte da cidade.
Recém-chegado, o pequeno mamífero foi encontrado nas dependências do campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e resgatado pela Polícia Ambiental paraibana. Da espécie "Bradypus variegatus", o animal chegou ao Recife por intermédio do Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Acolhido, o novo morador passou, antes de chegar ao zoo, pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres da Paraíba (Cetras - PB) e, destinado ao Ibama, posteriormente foi encaminhado para o Parque da capital pernambucana.
"O filhote de bicho-preguiça exige muitos cuidados, e poucas instituições têm sucesso em fazer esse animais se desenvolver. Criamos um método que deu certo e dedicamos a ele atenção à alimentação, ao banho de sol e até no monitoramente de madrugada, quando necessário, já que há o risco de aspirar e também precisa ser alimentado durante a noite", explica Fernanda Justino, responsável pelo Projeto Bicho-Preguiça da Garganta Marrom - criado para auxiliar no desenvolvimento saudável de animais da espécie, que, por alguma razão, foram retirados da natureza.
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Alimentação sem lactose
De forma personalizada, assim como outros animais que requerem tratamento voltado às demandas individuais de cada um deles, o bebê preguiça - tem a idade estimada de dois meses de vida - vai ganhar alimentação composta por folhas frescas e suplementadas com fórmulas sem lactose.
Além disso, pelo menos duas vezes ao dia, o filhote deve ser levado para um banho de sol. Avaliações médicas periódicas também integram a programação do mais novo morador do zoológico.
Após o período sob cuidados, o pequeno bicho-preguiça será encaminhado a uma instituição que ficará à frente dos cuidados para prepará-lo para uma reintegração ao seu habitat natural - ele voltará para Paraíba e o Cetras do estado vizinho será responsável por apontar os novos passos do pequeno.
“A estada desse animal no projeto não tem um tempo determinado, mas estima-se que ele deva permanecer no Parque por pelo menos um ano”, afirma Fernanda Justino.
O projeto cuidará do filhote até que ele tenha maturidade suficiente para voltar ao seu Estado de origem, e o
o Cetras-PB será a instituição responsável por apontar os novos passos nos cuidados com o animal até que esteja pronto para ser reintroduzido à natureza.