Finlândia terá governo de conservadores com ultradireita
As negociações, que costumam durar um mês, alongaram-se devido a divergências entre os partidos, sobretudo em matéria de política climática e migratória
O líder conservador Petteri Orpo anunciou, nesta quinta-feira (15), que irá governar a Finlândia em coalizão com a ultradireita. Foram mais de dois meses de negociações após as eleições legislativas de abril.
"Estou orgulhoso do bom programa e do resultado das negociações. Encontraram-se respostas para todas as perguntas", disse à imprensa, em Helsinque, na presença dos líderes das outras três legendas com as quais formará o governo.
Leia também
• Finlândia expulsará nove membros da embaixada russa por espionagem
• Na Finlândia, Blinken chama a guerra da Rússia de 'fracasso estratégico'
• Lula participa de reunião bilateral com o presidente da Finlândia
Petteri Orpo, à frente do Coligação Nacional (centro-direita), contituiu uma coalizão governamental com o segundo partido do país, de extrema direita - o Partido dos Finlandeses, dirigido por Riika Purra -, e também com outros dois pequenos partidos de direita. Os quatro partidos ocuparão 108 das 200 cadeiras do Parlamento, formando um governo de maioria.
Orpo, cuja principal promessa eleitoral foi um plano econômico para economizar 6 bilhões de euros (quase R$ 32 bilhões), afirmou que apresentará seu programa nesta sexta-feira.
As negociações, que costumam durar um mês, alongaram-se devido a divergências entre os partidos, sobretudo em matéria de política climática e migratória. "Tivemos discordâncias em alguns pontos e estou seguro de que ainda as temos, mas o que nos une é que queremos colocar ordem na Finlândia", destacou Orpo.
A direita governou com o Partido dos Finlandeses (antes chamado "Verdadeiros Finlandeses") entre 2015 e 2017, quando houve uma cisão dentro da formação eurocética, que a levou a adotar uma linha mais dura. A formação de extrema direita obteve um recorde de 20,1% dos votos nas legislativas de 2 de abril.