Finlândia vota para presidente em momento de tensão com a Rússia
Dois políticos famosos são apontados como os favoritos entre os nove candidatos: o ex-primeiro-ministro Alexander Stubb (conservador) e o ex-primeiro-ministro Pekka Haavisto
Os finlandeses comparecem às urnas neste domingo (28) para a eleição presidencial, um cargo que ganhou importância após o aumento da tensão com a vizinha Rússia desde o início da invasão da Ucrânia.
Emboras os poderes do presidente sejam limitados, o chefe de Estado – que é o comandante supremo das Forças Armadas – ajuda a direcionar a política externa com o governo.
Dois políticos famosos são apontados como os favoritos entre os nove candidatos: o ex-primeiro-ministro Alexander Stubb (conservador) e o ex-primeiro-ministro Pekka Haavisto, do Partido Verde, que disputa a eleição como independente.
Outro nome forte na disputa é o candidato de extrema-direita Jussi Halla-aho, que segundo os analistas pode chegar ao segundo turno.
Os centros de votação abriram às 9H00 (4H00 de Brasília) e devem fechar as portas às 20H00 (15H00 de Brasília).
Para Hannu Kuusitie, eleitor que votou no centro de Helsinque, a Finlândia precisa de um presidente com "competência em termos de liderança, humanidade. Também terá que ser duro quando necessário".
Após a Guerra Fria, Helsinque manteve boas relações com Moscou, mas estas sofreram um abalo após a invasão russa da Ucrânia em 2022.
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A Finlândia abandonou A tradicional política de não alinhamento militar e aderiu à Otan em abril de 2023. A Rússia, que tem uma fronteira 1.340 quilômetros com a Finlândia, alertou para possibilidade de adotar "contramedidas".
Em agosto do mesmo ano, a Finlândia registrou um grande fluxo de migrantes sem visto em sua fronteira leste, enviados, segundo Helsinque, por Moscou para desestabilizar o país.
Em novembro, a Finlândia decidiu fechar a fronteira com a Rússia.
Na quinta-feira, durante um debate exibido na televisão, Stubb afirmou que é necessário priorizar "a segurança da Finlândia" e seu principal rival, Haavisto, enfatizou que Helsinque deve "enviar uma mensagem muito clara à Rússia de que isto não pode continuar".
Todos os candidatos defendem a independência da Finlândia e seu novo papel como membro da Otan, destaca Hanna Wass, vice-reitora da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Helsinque.
Caso nenhum candidato alcance 50% dos votos neste domingo, o país organizará o segundo turno no dia 11 de fevereiro.