saúde

Fiocruz: Brasil fecha segundo mês com menores registros semanais de Síndrome Respiratória

São os números mais baixos desde o início da epidemia de Covid-19 no país, segundo o boletim InfoGripe

Teste de Covid-19Teste de Covid-19 - Foto: Ikamahã/Sesau

O novo Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (30), mostra que o país fechou setembro como o segundo mês com os menores registros semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desde o início da epidemia de Covid-19 no Brasil. O estudo aponta para queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 38, período de 19 a 24 de setembro, o documento tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 26 de setembro.

Apesar da manutenção de queda nos casos associados a Covid-19 ser estável, o vírus influenza A apresentou aumento especialmente em São Paulo e no Distrito Federal.

“Essa tendência serve de alerta devido à importância de ambos no fluxo interestadual de passageiros, especialmente para os grandes centros urbanos através da malha aérea nacional”, ressaltou o pesquisador Marcelo Gomes, em comunicado.

Entre os casos de influenza subtipados, observa-se predomínio do influenza A H3N2, assim como no surto epidêmico de novembro e dezembro de 2021. Por isso, o coordenador do InfoGripe reforça a importância da vacinação, que teve uma adesão abaixo do esperado e ainda está aquém de uma cobertura ideal.

“Assim como a da Covid-19, a vacina da gripe tem como foco evitar internações ou agravamentos associados ao vírus. Por isso, é fundamental que não deixem a vacinação para depois”.

No geral, os dados seguem apontando para o amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta, porém mantendo queda. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 15,9% para influenza A; 1,3% para influenza B; 9% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 49,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 2,5% para influenza A; 0% para influenza B; 0% para VSR; e 90,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Estados e capitais
Das 27 unidades federativas, apenas Amapá e Distrito Federal apresentam sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 38. No DF, esse cenário pode estar associado ao recente aumento de casos associados ao vírus influenza A, observado em diversas faixas etárias. Em São Paulo, onde a presença do vírus da gripe também vem aumentando, há um crescimento apenas entre crianças e adolescentes e, na tendência de curto prazo, aumento moderado na população em geral.

Quatro das 27 capitais apresentam crescimento na tendência de longo prazo até o mesmo período: Cuiabá (MT), Macapá (AP), plano piloto e arredores de Brasília (DF), e São Paulo (SP). Nas demais, há queda ou estabilidade na tendência de longo prazo e estabilidade nas semanas recentes (curto prazo)

O estudo mostra que não houve alteração significativa na distribuição etária dos casos de SRAG por Covid-19 nos últimos meses e que a as internações semanais seguem mantendo um perfil etário relativamente estável. As crianças de 0 a 4 anos se mantém com um percentual entre 5 a 10% das internações semanais por Covid-19 – o grupo fica atrás somente da população acima de 60 anos. Essas crianças também são o segundo grupo mais afetado por internações por Covid-19 quando se leva em conta o tamanho da população, novamente ficando atrás apenas das faixas etárias acima de 60 anos.

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter