Fiocruz: síndrome respiratória por Covid-19 está em queda em quase todo o país
O documento mostra ainda que os casos de SRAG causados pelo vírus da bronquiolite infantil também pararam de crescer
A nova edição do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (26), mostra que os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pela Covid-19 pararam de crescer no país, e estão em queda em praticamente todos os estados brasileiros.
A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe do Ministério da Saúde (Sivep-Gripe) até o dia 23 de janeiro.
"A maior parte do país está voltando a patamares significativamente baixos de Covid-19 em comparação com o histórico. Felizmente, não há sinal de retomada do crescimento nesse começo de ano”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, em comunicado.
O documento mostra ainda que os casos de SRAG causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que causa a bronquiolite infantil, também pararam de crescer em todas as unidades federativas e começaram a diminuir, à exceção do Distrito Federal, que ainda apresenta estabilidade em patamar elevado.
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“O crescimento foi interrompido (no DF), mas ainda há um volume de internações semanais relativamente constante”, alerta Gomes.
Na faixa etária de 0 a 4 anos, o VSR também ainda apresenta uma presença expressiva no Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e nos três estados da região Sul, embora em trajetória de queda nas semanas mais recentes.
Considerando todas as faixas etárias, nas últimas quatro semanas, a prevalência dos casos de SRAG associados à Covid-19 foi de 71,3%. No levantamento anterior, o percentual estava em 77,8% – o que mostra o recuo em relação ao impacto da doença nas internações. Enquanto isso, 18,8% foram causados pelo VSR, enquanto antes essa proporção era de 12,6%, também uma queda.
Outros 0,9% dos casos foram associados ao Influenza A, e 0,7% ao Influenza B – ambos causam a gripe. Entre os óbitos, os percentuais foram de 94,7% para o novo coronavírus; 1,5% para o VSR e 1,1% para o Influenza A. Não houve mortes ligadas ao Influenza B.