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SAÚDE

Fisiculturista de 35 anos desmaia sempre que bebe água gelada; entenda

Franklin Aribeana percebeu pela primeira vez o sintoma alarmante aos 18 anos, enquanto estava na academia

Franklin Aribeana Franklin Aribeana  - Foto: reprodução/Instagram

Um fisiculturista norte-americano de 35 anos foi hospitalizado mais de 20 vezes devido a um raro problema cardíaco causado pela ingestão de água gelada. O caso curioso ocorreu no Texas, nos Estados Unidos. Franklin Aribeana percebeu pela primeira vez o sintoma alarmante aos 18 anos, enquanto estava na academia.

— É um dia que nunca esquecerei — lembrou o fisiculturista em entrevista ao jornal ABC News, que disse ter sentido um “baque" ao beber água. Pouco depois, ele desmaiou.

Recentemente, médicos descobriram que quando a água gelada atingia o fundo da garganta do paciente, irritava o nervo vago – que conecta o cérebro a quase todos os órgãos essenciais, incluindo o coração – em um caso extremamente raro.

Os médicos consideraram que a arritmia de Aribeana foi desencadeada pelo contato da água fria com o nervo vago, a parte do sistema nervoso que regula a frequência cardíaca, entre outras coisas. De acordo com os profissionais, o contato com a água fria pode ativar uma resposta conhecida como “reflexo de mergulho”, que diminui a frequência cardíaca e contrai os vasos sanguíneos para ajudar o organismo a conservar oxigênio e redirecionar o sangue para os órgãos vitais.

Segundo ABC News, esta alergia ao H20 é supostamente exacerbada por exercícios de alta intensidade, como levantamento de peso. Aribeana até se lembrou de um caso em que perdeu a consciência enquanto estava em um campo de golfe em um dia quente de verão.

–Tomei um gole de água fria e a próxima coisa que percebi foi literalmente palpitações no peito. Eles tiraram minha camisa e dava para ver meu coração literalmente batendo forte no peito, e então desmaiei – lembrou ele.

Devido à condição pré-existente de Aribeana, o reflexo fez com que seu coração batesse de forma irregular e sua pressão arterial despencasse, resultando no desmaio.

De acordo com o médico Khashayar Hematpour, a reação incomum de Aribeana permitiu que os especialistas diagnosticassem sua condição bem cedo. Ele explicou que este não é o caso de muitos pacientes, que apresentam sintomas muito mais sutis, incluindo fadiga leve, falta de ar e dor torácica generalizada.

Em uma tentativa de solucionar a condição do americano, os médicos cauterizaram a conexão entre o nervo vago e o coração. Aribeana não teve novas complicações desde o procedimento, embora ainda tome medicamentos para controlar a fibrilação atrial.

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