explosão

Foguete "não identificado" da Coreia do Norte explode no mar após o lançamento

A Coreia do Sul informou ter detectado "muitos fragmentos" no oceano após um suposto lançamento de satélite espião

Míssil intercontinental  da Coréia do NorteMíssil intercontinental da Coréia do Norte - Foto: Jo Yong Hak / South Korean Defence Ministry / AFP

Militares da Coreia do Sul informaram ter detectado "muitos fragmentos" no oceano após um suposto lançamento de satélite espião da Coreia do Norte nesta segunda-feira, e está analisando se a mais recente tentativa de Pyongyang falhou.

Cerca de dois minutos após detectar "o que se suspeita ser o satélite de reconhecimento militar do Norte... muitos fragmentos do projétil foram detectados por volta das 22h46 (1346 GMT) nas águas da Coreia do Norte, e os Estados Unidos e a Coreia do Sul estão analisando se houve voo operacional", disse o Estado-Maior Conjunto de Seul.

Mais cedo, o país vizinho comunicou que a Coreia do Norte disparou um "projétil não identificado", poucas horas depois de Pyongyang informar o Japão que estava se preparando para lançar outro satélite espião.

"A Coreia do Norte disparou um projétil não identificado em direção ao sul" sobre o mar Amarelo, que se estende entre a China e a península coreana, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, depois de Seul, Pequim e Tóquio terem realizado a sua primeira cúpula trilateral desde 2019.
 

Coreia do Sul, China e Japão exigem desnuclearização
Mais cedo, nesta segunda-feira, os primeiros-ministros da China e do Japão e o presidente da Coreia do Sul exigiram,, a desnuclearização da Coreia do Norte, durante um raro encontro de cúpula em Seul no qual se comprometeram a reforçar a cooperação entre os três países.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e os primeiros-ministros Li Qiang, da China, e Fumio Kishida, do Japão, participaram nesta segunda-feira na primeira reunião de cúpula entre os três países em quase cinco anos, em parte devido à pandemia, mas também devido às relações complexas.

Yoon e Kishida fizeram um apelo para que Pyongyang desistisse do lançamento de hoje, que segundo o chefe de Estado sul-coreano "viola diretamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e mina a paz e a estabilidade regional e mundial". Yoon também pediu uma resposta internacional "decisiva" caso o lançamento se confirmasse, como aconteceu.

O primeiro-ministro chinês Li pediu às "partes relevantes que exerçam moderação e evitem complicações futuras na situação da península coreana", segundo a agência oficial chinesa Xinhua. A China é a principal parceira econômica da Coreia do Norte.

Em um comunicado conjunto, os três países utilizaram a linguagem habitual para reafirmar o compromisso com a "desnuclearização da península coreana". Também destacaram que a paz é uma "responsabilidade e um interesse comum".

A Coreia do Norte reagiu afirmando que "falar hoje sobre a desnuclearização da península coreana é uma grave provocação política" e "violaria a posição constitucional do nosso país como um Estado com armas nucleares".

A "'desnuclearização completa da península coreana' já morreu teórica, prática e fisicamente", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, citado pela agência oficial de notícias KCNA.

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