Saúde

Rápido demais? Chega ao Brasil remédio para ejaculação precoce que pode ser usado antes do ato

Medicamento deve ser ingerido de uma a três horas antes da relação sexual

Ejaculação precoce afeta cerca de 30% dos homensEjaculação precoce afeta cerca de 30% dos homens - Foto: Freepik

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a ejaculação precoce atinge 1 a cada 3 brasileiros acima de 18 anos, sendo considerada uma das disfunções sexuais mais comuns. Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento específico para o problema com indicação em bula e uso sob demanda. Essa medicação já é usada em mais de 50 países.

Pessoas com ejaculação precoce normalmente chegam ao orgasmo em menos de um minuto. O tempo ejaculatório considerado normal, do momento da penetração até a ejaculação, é de três a seis minutos. A disfunção está, em muitos casos, relacionada à ansiedade.

Há dois tipos de ejaculação precoce, a primária, quando o paciente sofre com isso desde o primeiro relacionamento, e a secundária, quando ele passa a apresentar uma ejaculação mais rápida como efeito colateral a algum fator ocorrido, de fundo psicológico ou físico.

A dificuldade de manter uma relação sexual por mais tempo acaba trazendo prejuízos emocionais para o paciente, assim como problemas para o relacionamento.

Com o princípio ativo de cloridrato de dapoxetina (com o nome comercial de Prosoy, comercializado pela Farmoquímica), o remédio deve ser tomado de uma a três horas antes da relação sexual, por isso é considerado sob demanda. Antes da chegada do novo medicamento, as únicas alternativas de tratamento para a ejaculação precoce eram com o uso ansiolíticos e antidepressivos, por conta do fundo emocional do problema. Os fármacos eram de uso contínuo e demoravam quase 1 mês para começar a surtir algum efeito.

— A dapoxetina tem a capacidade de ativar os receptores seratoninérgicos, principalmente os agonistas destes receptores, tendo a capacidade de atrasar a ejaculação, porque ela estimula os receptores de serotonina 1A e isso faz com que aumente o limiar de excitação. Aumentando esse limiar de excitação, você prolonga o tempo até a ejaculação. Esse é um grande diferencial dessa medicação — explica o urologista Fernando Facio, membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), presidente da Latin American Society for Sexual Medicine (SLAMS) e membro internacional da American Urological Association (AUA).

O especialista destaca que o medicamento tem uma absorção mais rápida pelo organismo — por isso pode ser tomado algumas horas antes da relação sexual. E, da mesma forma que ele é rapidamente absorvido, também é eliminado do corpo.

— O paciente não fica com a medicação na circulação, o que não traz efeitos adversos maiores, como sonolência e outras consequências que os antidepressivos de uso contínuo podem causar.

O remédio deve ser prescrito por um médico e sua venda é controlada (tarja vermelha). Ele é vendido em comprimidos em dois tipos de dosagens: de 30 e 60 mg.

Segundo o urologista, a dapoxetina não deve ser usada junto com antidepressivos de uso diário. Além disso, ele recomenda não ingerir álcool em excesso para evitar possíveis problemas. Em pacientes que fazem uso de remédio para hiperplasia prostática benigna, a dapoxetina pode causar queda de pressão ao se levantar, que provoca sintomas como tontura.

— O mais interessante são as boas indicações do remédio, que não tem nenhuma interferência com o uso de alimentos — diz o médico.

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