Fonte médica em Gaza relata mais de 27 mortos em ataque contra escola
Segundo Israel, os três bombardeios visavam milicianos que estariam escondidos nas escolas
Uma fonte médica da Faixa de Gaza indicou nesta terça-feira (9) que um bombardeio contra uma escola deixou 27 mortos em Abasan, no sul do território palestino, revisando em alta um número anterior.
A mesma fonte, do hospital Naser em Khan Yunis, havia indicado pouco antes que 10 pessoas haviam morrido e dezenas ficaram feridas em um "bombardeio contra o portão da escola Al Awada em Abasan, a leste de Khan Yunis".
Israel não comentou os relatos, depois que seu Exército reconheceu ter bombardeado outras três escolas desde sábado, em ataques que deixaram pelo menos 20 mortos, segundo autoridades deste território governado pelo movimento islamista Hamas.
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Segundo Israel, os três bombardeios visavam milicianos que estariam escondidos nas escolas.
No sábado, um bombardeio israelense atingiu a escola Al Jawni, administrada pela ONU, em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, matando 16 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
A Agência da ONU para Refugiados Palestinos, UNRWA, afirmou que no momento do ataque havia 2.000 pessoas refugiadas na instalação.
Um dia depois, Israel bombardeou a escola Sagrada Família na Cidade de Gaza, administrada pela igreja, onde quatro pessoas morreram, segundo a Defesa Civil.
O Patriarcado Latino, proprietário do centro educacional, afirmou que centenas de pessoas estavam lá.
Na segunda-feira, as forças israelenses bombardearam outra escola administrada pela UNRWA, também em Nuseirat, deixando vários feridos, segundo um hospital local.
Israel afirmou que suas operações visavam "vários terroristas" que estavam se escondendo nas escolas.
O Hamas nega as acusações de Israel, que afirma que seus milicianos usam escolas, hospitais e outras infraestruturas civis para fins militares.
Segundo a UNRWA, mais de 500 pessoas morreram em escolas e outros abrigos operados por essa agência em Gaza desde o início da guerra, desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro.