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EUA e Ucrânia

Forças russas continuam chegando à fronteira com Ucrânia, afirma Pentágono

O porta-voz do Pentágono ressaltou que não têm intenção de realizar nenhuma operação na Ucrânia, país que não é membro da Otan

Nesta foto de arquivo tirada em 1º de fevereiro de 2022, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, fala durante um briefing no Pentágono em Washington, DCNesta foto de arquivo tirada em 1º de fevereiro de 2022, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, fala durante um briefing no Pentágono em Washington, DC - Foto: Nicholas Kamm / AFP

Os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira (9) que a Rússia continua reforçando seu contingente militar na fronteira com a Ucrânia, em um momento no qual a França afirma ter recebido garantias do Kremlin de que não haverá mais "escalada" da crise.

"Continuamos observando, inclusive nas últimas 24 horas, capacidades adicionais que chegam de outras partes da Rússia até a fronteira com Ucrânia e Belarus", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, durante coletiva de imprensa.

"Não vamos dar números concretos, mas continuam aumentando", acrescentou, ao indicar um total "superior a 100 mil" efetivos presentes neste momento.

"Também vemos sinais de que outros grupos táticos estão a caminho", continuou o porta-voz do Departamento de Defesa americano.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, "continua fortalecendo suas capacidades militares" na região, enfatizou. "A cada dia ele se dá mais opções, a cada dia fortalece suas capacidades, a cada dia continua desestabilizando o que já é uma situação muito tensa." 

O porta-voz lembrou que os Estados Unidos não têm intenção de realizar nenhuma operação na Ucrânia, país que não é membro da Otan, por isso os primeiros 3 mil soldados americanos enviados para "tranquilizar" os aliados do flanco oriental da Otan começaram a se deslocar para Polônia e Romênia.

Esse contingente teria capacidade de participar de operações de socorro se os cidadãos americanos que vivem na Ucrânia buscassem refúgio nesses países em caso de uma invasão russa, mas isso não deverá ser necessário, afirmou Kirby.

Os Estados Unidos advertiram há algumas semanas que não preveem evacuar militarmente os americanos da Ucrânia como fizeram em Cabul, no Afeganistão, em agosto do ano passado.

Washington acusa Moscou de preparar uma invasão potencial em larga escala da Ucrânia em muito curto prazo, apesar de os funcionários americanos acreditarem que Putin ainda não tomou uma decisão sobre se passará ou não à ofensiva.

O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, se reuniu na segunda-feira em Moscou com Putin, e na terça, em Kiev, com seu colega ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Macron garantiu que o presidente russo prometeu que não haverá uma "escalada" adicional, e Paris afirma que esta visita permitiu "avançar" para apaziguar a situação.

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