Fotojornalista é assassinado na fronteira México-EUA
México é considerado um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas
Ismael Villagómez Tapia, fotógrafo do jornal El Heraldo de Juárez, foi assassinado nesta quinta-feira (16) com um tiro no rosto em Ciudad Juárez, no norte do México, uma localidade fronteiriça com El Paso, nos Estados Unidos, informaram autoridades locais.
O incidente ocorreu durante a madrugada em um bairro residencial de Ciudad Juárez, que tem sido assolada pela violência ligada ao crime organizado.
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— Perdeu a vida lamentavelmente o companheiro Ismael Villagómez Tapia [...] a análise pericial mostra um disparo que entrou pelo olho —, disse aos jornalistas Carlos Manuel Salas, promotor da região norte do estado de Chihuahua.
O corpo do fotógrafo foi localizado dentro do veículo que ele utilizava para também trabalhar como motorista de aplicativo.
— Estamos revisando de onde veio o disparo, dentro do carro não foram encontrados elementos balísticos — acrescentou. Ao ser questionado, Salas não descartou que o trabalho jornalístico de Villagómez Tapia pode ter motivado o crime.
— Não descartamos absolutamente nada, o jornalista é jornalista 24 horas, independentemente de estar realizando um trabalho diferente.
Por sua vez, Jorge Mesa, repórter do Heraldo de Juárez, disse à emissora Milenio que Villagómez Tapia nunca mencionou nada sobre qualquer ameaça relacionada com seu trabalho.
O México é considerado um dos países mais perigosos do mundo para jornalistas, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Desde o ano 2000, mais de 150 jornalistas foram assassinados no país, de acordo com a contabilidade da RSF. A maioria desses crimes segue impune.