França

Fracassa na Assembleia francesa última tentativa de revogar reforma previdenciária

A presidente da Assembleia invocou um artigo constitucional para declarar que não seria possível receber as emendas apresentadas por um grupo de oposição centrista

Protesto na França contra reforma da previdênciaProtesto na França contra reforma da previdência - Foto: Jeff Pachoud/AFP

Uma última tentativa parlamentar de revogar a controversa reforma da Previdência na França fracassou nesta quarta-feira (7) na Assembleia, dando fim aos protestos que ocorreram nas ruas e no Parlamento nos últimos cinco meses.

A presidente da Assembleia, Yaël Braun-Pivet, invocou um artigo constitucional pouco utilizado para declarar que não seria possível receber as emendas apresentadas por um grupo de oposição centrista, que visava restabelecer a idade de aposentadoria aos 62 anos, em vez dos 64 anos definidos pela reforma.

O uso do artigo 40, que proíbe qualquer proposta de lei que onere as finanças públicas, provocou a ira dos opositores, que denunciaram uma decisão tomada "sob pressão do Executivo" (segundo o centro), "destinada a impedir a votação dos deputados" (esquerda radical) e "pisoteando a Constituição" (extrema direita).

"Apenas aplico a regra, nada mais do que a regra", afirmou Braun-Pivet, integrante da maioria presidencial.

De fato, nunca houve votação na Assembleia desde o início dos debates sobre essa reforma emblemática do segundo mandato de Macron. Primeiro, com o uso de manobras procedimentais da esquerda radical e depois com a aplicação pelo governo de um artigo constitucional para aprovar o projeto sem votação.

Esse fracasso na Assembleia ocorre um dia após a 14ª iniciativa de mobilização nas ruas desde meados de janeiro.

A França é um dos países europeus com a idade de aposentadoria mais baixa, mas os sistemas são muito diferentes.

O governo justificou seu projeto pela necessidade de responder à deterioração financeira dos fundos de aposentadoria e ao envelhecimento da população.

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