França acusa Volkswagen por "fraude" no escândalo Dieselgate
As investigações sobre o escândalo foram dificultadas por uma batalha judicial no Tribunal de Justiça da União Europeia
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A justiça francesa indiciou a Volkswagen em 6 de maio por "fraude" nos controles antipoluição de modelos antigos de motores a diesel, anunciaram nesta quarta-feira a montadora e uma fonte judicial.
Um dia depois de a Renault anunciar que estava sendo investigada por "fraude", a gigante automobilística alemã, que nega "qualquer dano" aos clientes franceses, anunciou em um comunicado sua acusação no escândalo decorrente do Dieselgate.
Uma fonte judicial confirmou À AFP a acusação da Volkswagen em 6 de maio por "fraude sobre as qualidades substanciais de uma mercadoria que representa um perigo para a saúde humana ou animal."
Segundo esta fonte, a Volkswagen foi colocada “sob controle judicial com a obrigação de caução no valor de 10 milhões de euros (61,43 milhões de reais) e a obrigação de prestação de garantia bancária no valor de 60 milhões euros"(368,58 milhões de reais).
O Dieselgate, que gerou processos em vários países, já custou à Volkswagen 30 bilhões de euros (184,29 bilhões de reais), principalmente nos Estados Unidos, onde o grupo alemão se declarou culpado de fraude em 2017.
A Volkswagen reconheceu em 2015 ter equipado 11 milhões de seus veículos a diesel com um programa para fazê-los parecer menos poluentes do que realmente eram.
As investigações sobre este escândalo foram dificultadas por uma batalha judicial no Tribunal de Justiça da União Europeia, que finalmente confirmou no final de 2020 a ilegalidade do programa Volkswagen.