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França investigará caso de espionagem Pegasus contra jornalistas

Software da empresa israelense NSO Group permite recuperar mensagens de texto, fotos, contatos e até ouvir as conversas de seu proprietário. 

Grupo NSO, em Herzliya, IsraelGrupo NSO, em Herzliya, Israel - Foto: JACK GUEZ / AFP

O Ministério Público de Paris anunciou, nesta terça-feira (20), a abertura de uma investigação sobre a espionagem de jornalistas franceses, cujos telefones foram violados pelo software israelense Pegasus, conforme revelado no domingo (18) por um consórcio de mídia.

Esta investigação abrange uma lista de dez crimes, incluindo "violação de privacidade", "interceptação de correspondência", "acesso fraudulento" a um sistema informático e "associação de criminosos". 

A ação responde a uma denúncia apresentada pelo portal Mediapart, que teve dois de seus jornalistas espionados, e à qual se somou a do semanário satírico Le Canard Enchaîné. 

Vários veículos de comunicação, entre eles os jornais Le Monde (francês), The Guardian (britânico) e The Washington Post (britânico), revelaram no domingo que o fundador do Mediapart, Edwy Plenel, e a jornalista desse portal Lénaïg Bredoux foram espionados pelos serviços secretos marroquinos.

Já no semanário Le Canard Enchaîné, a jornalista afetada teria sido sua ex-colaboradora Dominique Simonnot.

Instalado em um celular, o programa Pegasus da empresa NSO Group permite recuperar mensagens de texto, fotos, contatos e até ouvir as conversas de seu proprietário. 

Segundo uma investigação jornalística publicada no domingo por 17 meios de comunicação internacionais, 50.000 números de telefone selecionados por clientes do NSO desde 2016 foram alvo de possível espionagem.

A lista inclui os números de 180 jornalistas, 600 políticos, 85 militantes defensores dos direitos humanos, ou 65 empresários, conforme a investigação realizada por Le Monde, The Guardian, The Washington Post, pelos veículos mexicanos Proceso e Aristegui Noticias, entre outros.

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