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França pede à Comissão Europeia 'maior firmeza' contra interferências de Musk

Musk gerou incômodo em toda a Europa com os seus recentes ataques incendiários a líderes do continente

Presidente da França, Emmanuel MacronPresidente da França, Emmanuel Macron - Foto: Kiran Ridley/AFP

A França pediu, nesta quarta-feira (8), à Comissão Europeia que adote uma "maior firmeza" contra as interferências no debate europeu, especialmente as de Elon Musk, dono da rede social X e grande aliado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Questionado durante uma entrevista na rádio France Inter se o X poderia "ser proibido" na Europa como foi no Brasil, onde foi suspenso por 40 dias, o chanceler francês, Jean-Noël Barrot, respondeu: "Está previsto em nossas leis".

"Ou a Comissão Europeia aplica com a maior firmeza as leis que nos demos para proteger o nosso espaço público, ou terá que aceitar devolver aos Estados-membros da UE a capacidade de fazê-lo", disse o chanceler.

Musk gerou incômodo em toda a Europa com os seus recentes ataques incendiários a líderes do continente, como o trabalhista britânico Keir Starmer e o social-democrata alemão Olaf Scholz, e com o seu apoio aos partidos de extrema direita.

Na quinta-feira, a sua rede social deve transmitir ao vivo uma conversa com Alice Weidel, líder do partido alemão de extrema direita AfD, antes das eleições antecipadas na Alemanha, marcadas para 23 de fevereiro.

Na segunda-feira, a Comissão Europeia alertou que avaliará "cuidadosamente" o conteúdo da discussão e a forma como foi divulgada, mas especificou que a sua participação ou o fato de Musk ter expressado "as suas opiniões pessoais" não violam as normas europeias.

Bruxelas já investiga se a plataforma X cumpre com as suas obrigações de impedir a propagação de conteúdos ilegais e desinformação. De acordo com as normas europeias, esta rede social deverá permitir aos usuários, que assim desejarem, evitar qualquer menção ao chat da AfD.

A reivindicação da França surge um dia depois de a gigante das redes sociais Meta ter anunciado que encerrará o seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos, uma mudança nas suas políticas de moderação de conteúdo que se alinha com as prioridades de Trump.

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