França pede a seus cidadãos que não viajem ao Irã até a libertação de seus 'reféns'
Um casal francês, Cécile Kohler e Jacques Paris, está preso no Irã desde maio de 2022, acusado de "espionagem"
A França pediu, nesta terça-feira (7), a seus cidadãos que não viajem ao Irã até a “libertação completa” dos cidadãos franceses detidos no Irã, que ela descreveu como “reféns”.
“A situação de nossos compatriotas mantidos como reféns no Irã é simplesmente inaceitável. Eles foram detidos injustamente por vários anos, em condições indignas”, disse o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot.
Falando em uma conferência de embaixadores franceses reunidos em Paris, Barrot disse que a situação desses cidadãos havia “se deteriorado” desde a eleição, em julho, do presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
“Eu digo às autoridades iranianas: nossos reféns devem ser libertados. Nosso relacionamento bilateral e o futuro das sanções dependem disso”, disse o ministro das Relações Exteriores.
“E até a libertação completa dos nossos reféns, peço aos nossos compatriotas que não viajem para o Irã”, acrescentou.
Um casal francês, Cécile Kohler e Jacques Paris, está preso no Irã desde maio de 2022, acusado de “espionagem”. Ambos negam as acusações.
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Um terceiro francês chamado Olivier, cujo sobrenome não foi divulgado, também está detido desde 2022.
A França os considera “reféns do Estado”.
O Irã mantém presos vários cidadãos ocidentais e pessoas com dupla nacionalidade. Para as ONGs e pessoas próximas a elas, Teerã as utiliza como moeda de troca em negociações bilaterais.
A jovem jornalista italiana Cecilia Sala foi presa na capital iraniana em 19 de dezembro, durante uma viagem de negócios, acusada de “violar a lei”. A Itália denunciou a prisão como “inaceitável”.