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França registra queda nos distúrbios noturnos

A morte de um adolescente de 17 anos atigindo por um policial gerou uma onda de protestos no país

O prefeito de Marselha, Benoit Payan, em reunião entre o presidente da França e os prefeitos das cidades afetadas pelos violentos confrontos que eclodiram depois que um adolescente foi morto O prefeito de Marselha, Benoit Payan, em reunião entre o presidente da França e os prefeitos das cidades afetadas pelos violentos confrontos que eclodiram depois que um adolescente foi morto  - Foto: Ludovic Marin/AFP

As forças de segurança anunciaram as detenções de pelo menos 72 pessoas na segunda-feira (3) à noite e na madrugada de terça-feira (4), no mais recente episódio da onda de distúrbios noturnos na França, o que confirma uma queda nos protestos uma semana após o início da revolta nas ruas.

O balanço divulgado nesta terça-feira (4) pelo ministério do Interior também relata 24 edifícios danificados, 159 veículos queimados e de 202 pontos de incêndio nas ruas durante a sétima noite de violência, que não deixou nenhum policial ferido.

Os ataques explodiram na terça-feira (27) da semana passada, após a morte de Nahel, um jovem de 17 anos atingido por um tiro à queima-roupa de um policial durante uma operação de controle de trânsito no subúrbio de Paris.

Um vídeo de um morador de Nanterre registrou o momento da morte.

A tragédia provocou uma onda de choque na França, em particular na periferia da capital, que perdeu força nos últimos dias, após os apelos de calma e a mobilização de 45 mil integrantes das forças de segurança pela terceira noite seguida.

Com a situação a caminho de um apaziguamento, o presidente Emmanuel Macron tentará "compreender as causas que provocaram os atos" durante uma reunião nesta terça-feira com os prefeitos de 220 localidades influenciados por choque, informou seu gabinete.

A violência na França, que será a sede este ano do Mundial de Rúgbi e receberá os Jogos Olímpicos em 2024, gerou grande preocupação na comunidade internacional. A ONU pediu ao país que abordasse o "profundo problema do racismo" na polícia.

A violência e a revolta dos jovens nos bairros populares registraram os choques que abalaram o país em 2005, depois que dois adolescentes morreram eletrocutados quando fugiram da polícia em um bairro do subúrbio de Paris.

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