França vai fechar últimas centrais de carvão até 2027
Emmanuel Macron vai apresentar nesta segunda-feira (25) o "roteiro" de seu plano ecológico para cumprir seus compromissos de redução de gases do efeito estufa até 2030
A França fechará suas duas últimas usinas de energia a base de carvão até 2027 e as converterá em plantas de biomassa, anunciou o presidente Emmanuel Macron neste domingo (24), véspera da divulgação de sua estratégia climática.
"Primeiramente [...], devemos abandonar o carvão, é um combustível fóssil e o mais poluente", afirmou o presidente durante entrevista às emissoras TF1 e France 2.
"O que vamos fazer daqui até 2027? Ainda temos duas centrais de carvão, Cordemais e Saint Avoid, e vamos convertê-las completamente para biomassa", disse Macron.
O presidente já havia prometido deixar o carvão, mas a central de Saint Avoid, fechada no início de 2022, foi reaberta no inverno para produzir eletricidade em um contexto de problemas de abastecimento.
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O presidente vai apresentar nesta segunda o "roteiro" de seu plano ecológico que busca avançar "duas vezes mais rápido" para cumprir seus compromissos de redução de gases do efeito estufa até 2030.
Apesar do clamor internacional pelo abandono dos combustíveis fósseis e por uma economia mais verde, o chefe de Estado francês defende "uma ecologia de progresso e soluções", e "não punitiva".
Sobre o aquecimento a gás, Macron detalhou hoje que não vai proibir para não deixar as pessoas que vivem nas "áreas mais rurais sem solução", mas defendeu a ajuda à instalação de "bombas de calor".
Para abandonar as energias fósseis no contexto da luta contra a mudança climática, a França aposta no desenvolvimento do setor nuclear, sua principal fonte de eletricidade, e nas energias renováveis.
Contudo, em um contexto de aumento dos preços da energia após a invasão russa da Ucrânia, seu governo viu-se obrigado a buscar soluções para limitar o aumento dos combustíveis
Assim, Macron anunciou uma nova ajuda de 100 euros (R$ 523) por veículo e ano para os "trabalhadores" mais modestos, depois de voltar atrás em permitir que os postos de gasolina vendessem combustível com prejuízo devido à rejeição dos mesmos. Agora, pede que vendam a preço de custo.