Rio de Janeiro

Fuga e esconderijos: como principal suspeito da morte de Jeff Machado escapou da polícia

Produtor de TV estava escondido no hostel Laje do Neguinho, no Vidigal, comunidade localizada na Zona Sul do Rio

Bruno foi preso no Morro do Vidigal, Zona Sul do RioBruno foi preso no Morro do Vidigal, Zona Sul do Rio - Foto: Reprodução

Bruno de Souza Rodrigues teve a prisão decretada por homicídio e ocultação de cadáver no dia 2 de junho e ficou foragido até a manhã da quinta-feira (15), quando foi preso no Morro do Vidigal. Ele é apontado pela investigação como principal autor do assassinato de Jeff Machado. O produtor de TV estava escondido no hostel Laje do Neguinho, na comunidade localizada na Zona Sul do Rio. Com ele, os policiais encontraram malas prontas, o que indicaria que estava pensando em deixar o local. O segundo suspeito, Jeander Vinicius da Silva, está preso desde o dia 2 de junho.

Nos cinco dias em que ficou escondido no Vidigal, Bruno circulou livremente, sempre na parte alta da comunidade, como contou a delegada Elen Souto, titular da Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA):

— Bruno esteve em Ipanema, no Leblon, além de bairros da Baixada Fluminense. Ele estava há cinco dias na comunidade, com livre acesso. Bruno tem um contato muito grande no meio artístico. Ele tinha o hábito de frequentar a comunidade (berço do grupo teatral Nós do Morro).

Suspeito recebeu R$ 100 mil por venda de casa
A quantia com a qual Bruno vinha conseguindo se sustentar desde que começou a se esconder da polícia foi entregue a ele por seu ex-companheiro, Rodrigo Alvim Enseki. O professor disse à polícia que vendeu um imóvel localizado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, em maio passado, três meses após a morte de Jeff. A Bruno foram entregues R$ 100 mil.

Bruno e Rodrigo tiveram um relacionamento por 15 anos. À polícia, o professor afirmou que doou o dinheiro para o ex-companheiro na intenção de ajudá-lo. Além do imóvel, o ex-casal também fazia aplicações financeiras. Ainda segundo o professor, mesmo estando separados, o valor dos investimentos garantiam a eles uma boa renda.

Flagrado por câmeras de segurança
No dia 27 de maio, Bruno Rodrigues foi visto saindo de um apartamento na Estrada do Monteiro, em Campo Grande. Imagens de câmera de segurança obtidas pela polícia mostram o produtor deixando o local usando camisa branca, boné e segurando uma bolsa com um cachorro da raça yorkshire. Em seguida, ele entra em um carro branco.

Segundo as investigações, o apartamento seria de um amigo de Bruno. Na época, a polícia suspeitava que ele ficou escondido no imóvel pelo menos até a véspera de o mandado de prisão ser expedido pela Justiça, no início de junho.

A delegada Elen Souto disse, nesta quinta-feira, que Bruno estava sendo monitorado desde a expedição da prisão.

Segundo ela, Bruno circulou pelos bairros de Ipanema e Leblon, na Zona Sul da capital, e também em Mesquita, na Baixada Fluminense. A delegada contou que o suspeito tinha livre acesso ao Vidigal. A polícia estava monitorando as movimentações do Bruno desde que foi considerado foragido, em 2 de junho.

A polícia teve certeza de sua localização porque o produtor de TV ficou hospedado no hostel localizado no Vidigal por cinco dias. Segundo os investigadores, não houve denúncia anônima. A partir da coleta de informações, uma operação foi deflagrada nesta quinta-feira com ajuda de agentes da UPP do Vidigal e da 14ª DP do Leblon.

Ainda de acordo com as investigações, ele estaria tendo ajuda para se manter no local e pagava suas despesas com o dinheiro obtido com a venda de uma casa pelo ex-companheiro. Além disso, a polícia encontrou malas prontas no momento da prisão, o que indicaria que o suspeito tinha a intenção de fugir.

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