Fugini: alimentos produzidos até o fim de março permanecem vetados mesmo com liberação da fábrica
Anvisa também manteve suspensa a fabricação de alimentos com ingredientes alergênicos por "pendências nas adequações"
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou nesta segunda-feira (10) a resolução do fim de março que suspendia de forma geral a fabricação e a comercialização, distribuição e uso de todos os produtos da marca Fugini em estoque na unidade de Monte Alto, em São Paulo.
A decisão foi tomada após a empresa passar por uma nova inspeção na última semana, em que foram avaliadas “as reformas no estabelecimento e as adequações em seus procedimentos de modo a cumprir com as determinações da vigilância sanitária”, segundo nota emitida pela agência.
Todos os itens em estoque que foram fabricados até o dia 27 de março, no entanto, seguem proibidos de serem distribuídos e vendidos pela marca. O mesmo vale para as polpas de tomate “utilizadas como matéria-prima, fabricadas ou adquiridas até essa data”.
Além disso, a análise constatou pendências nos ajustes da fabricação dos principais alimentos que causam alergias alimentares, ou aqueles que sejam derivados deles. Segundo a Anvisa, os ajustes são necessários “para impedir a contaminação”, e ainda será feita uma avaliação complementar do controle de qualidade desses produtos que estão em estoque.
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Por isso, a agência decidiu manter suspensa a fabricação dos produtos que têm ingredientes alergênicos, assim como a comercialização dos que estão na unidade. Os ingredientes são substâncias capazes de provocar reações alérgicas em determinadas pessoas, como amendoim, glúten, ovos e leite.
Relembre a suspensão
No fim de março, a Anvisa suspendeu a fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os produtos da marca Fugini em estoque na empresa após falhas “relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança de matérias-primas e produto final, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros” terem sido identificadas durante inspeção sanitária.
A maioria dos produtos que já estavam nos mercados ou nas casas das pessoas não foi impactada. A exceção foram os casos da maionese Fugini que tiveram lotes recolhidos e com o consumo vetado pela Anvisa por ter sido identificado o uso de corante vencido entre os ingredientes.
São eles os itens produzidos na fábrica de Monte Alto com data de vencimento em dezembro de 2023 e com número de lote iniciado a partir de 354. Além disso, todas as maioneses com o vencimento para janeiro, fevereiro ou março do ano que vem, independentemente da numeração do lote, também foram alvo de recolhimento.
Segundo a agência, desde então, a empresa “cumpriu grande parte das determinações da autoridade sanitária, adequou rapidamente sua planta fabril e seu processo de fabricação, podendo retomar parte da fabricação no local”.
Na resolução em que permitiu a retomada da produção, o órgão destacou que foram observadas “condições técnicas operacionais com equipamentos, utensílios e procedimentos para reiniciar a atividade de fabricação de alimentos”.