COLÔMBIA

Fumaça de incêndios atinge aeroporto de Bogotá e obriga cancelamento de aulas

Mais de 300 bombeiros estão trabalhando para conter os incêndios; autoridades pedem o uso de máscaras para prevenir doenças

Vista de um incêndio florestal em Bogotá em 23 de janeiro de 2024Vista de um incêndio florestal em Bogotá em 23 de janeiro de 2024 - Foto: Raul Arboleda/AFP

A fumaça causada pelos incêndios que assolam Bogotá há quatro dias está afetando as operações do aeroporto internacional da capital colombiana, onde as autoridades recomendaram nesta quinta-feira (25) o uso de máscaras para prevenir doenças, e algumas escolas cancelaram as aulas presenciais.

O prefeito da cidade de oito milhões de habitantes, Carlos Fernando Galán, fez um "apelo para que a população ao redor da área dos incêndios use máscaras", em uma declaração à imprensa.

Desde segunda-feira, as chamas consomem diferentes pontos da cordilheira que cerca a capital. Em todo o país, um total de 31 incêndios estão ativos nesta quinta-feira, segundo um balanço oficial.

Atualmente, mais de 300 bombeiros, soldados e policiais estão trabalhando para apagar três incêndios em Bogotá.

Próximo à montanha da capital, um repórter da AFP observou dezenas de pessoas usando máscaras.

"O cheiro da fumaça é muito forte. Parece que vai direto para a garganta", disse Blanca Galindo, uma vendedora de sucos de frutas de 69 anos.

Mais cedo, a autoridade aeroportuária informou que restringiu as operações no aeroporto El Dorado devido à difícil visibilidade das pistas devido à neblina e à fumaça.

De acordo com o prefeito Galán, algumas escolas cancelaram as aulas presenciais e passaram para o ensino virtual. A Universidade Javeriana, uma das principais do país, cuja sede está próxima aos focos, tomou a mesma decisão.

Entre outras medidas, a Prefeitura recomendou evitar exercícios ao ar livre, fechar as janelas e colocar toalhas molhadas sob as portas.

"Estou muito preocupada. Meu Deus! Está terrível. Quando eu vinha para cá, estava totalmente nublado", contou Andrea Gómez, uma trabalhadora autônoma de 48 anos.

Animais selvagens como quatis, corujas e outros pássaros foram vistos se abrigando em áreas urbanas próximas.

Galán afirmou que entrou em contato com os embaixadores dos Estados Unidos, Chile e Espanha para receber apoio desses países, pois a situação "pode se tornar mais crítica".

A Colômbia está em alerta devido à onda de incêndios na capital e em outras regiões, que até quarta-feira haviam consumido cerca de 600 hectares de floresta.

As queimadas estão relacionadas ao El Niño, um fenômeno associado ao aumento das temperaturas em todo o mundo.

O presidente Gustavo Petro declarou ontem "calamidade pública" no centro do país e ordenou que os helicópteros da Força Aérea sejam utilizados para combater as chamas.

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