Fundação Altino Ventura completa 34 anos e lança guia sobre Síndrome da Zika Congênita
O guia é fruto de uma pesquisa realizada nos últimos cinco anos envolvendo profissionais dos mais diversos setores da saúde
A Fundação Altino Ventura (FAV) celebrou, nesta terça-feira (13), o seu 34º aniversário. No evento de comemoração, realizado no Auditório do Centro Especializado em Reabilitação, na Iputinga, também foi lançado o Guia de Apoio para Profissionais da Atenção Primária à Saúde no contexto da Síndrome da Zika Congênita, elaborado pela FAV, pela Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) e com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).
O presidente do conselho diretor da FAV, Marcelo Ventura, afirmou que o papel da Fundação é levar esperança por meio de um atendimento de qualidade e adiantou passos futuros da instituição. "A Fundação Altino Ventura é um patrimônio de Pernambuco. Com muito esforço, levamos adiante a missão de levar luz a lugares onde só há escuridão, proporcionando um bom atendimento na saúde pública", disse. "E é com muita satisfação que anuncio duas conquistas previstas para o ano de 2021. Além da inauguração do nosso espaço próprio, no ano que vem iremos também inaugurar a nossa hidroterapia, ferramenta fundamental no tratamento de reabilitação", emendou Ventura.
Com a presença limitada de pais e crianças - pacientes da Fundação -, a solenidade teve transmissão virtual pelo canal do youtube da instituição. Para o lançamento do guia, foram convidadas a diretora de Atenção Básica à Saúde do Recife, Ana Sofia Costa, presente no local; e a médica Lely Guzman, especialista em Imunização da OPAS e da OMS, que participou de forma virtual.
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O Guia sobre a Síndrome da Zika Congênita é fruto de uma pesquisa realizada ao longo dos últimos cinco anos, envolvendo profissionais dos mais diversos setores da saúde e famílias com crianças que tenham a SCZV. O material será disponibilizado gratuitamente no site da FAV e poderá ser usado por mães, pais, cuidadores e profissionais da saúde.
A pesquisadora, que esteve à frente do desenvolvimento do material junto com as demais entidades, explicou que o manual foi construído coletivamente por profissionais da atenção básica, por especialistas da fundação e por organizações não governamentais. "Além de ter pessoas capacitadas na construção desse material, contamos também com a colaboração dos pais e dos cuidadores de crianças que apresentaram os sintomas da síndrome", contou. Para Guzman, esse material, por ouvir diversas partes, se propõe a ser uma ferramenta útil tanto para os profissionais que lidam com esses casos quanto para os pais e cuidadores. "Além de auxiliá-los na prevenção, na vigilância e no manejo desses casos, o guia também define ações individuais e coletivas para o controle da Zika.
Para a diretora de Atenção Básica à Saúde do Recife, Ana Sofia Costa, o processo de realização do guia foi muito bem feito, porque buscou de quem vivencia a realidade, dos mais diversos aspectos, as referências. “O Guia trouxe para a escuta profissionais de saúde, assistentes sociais, pais, cuidadores, estudiosos. Por esse motivo, ele é tão rico e tem tanto a colaborar”, pontuou.
Vice-presidente da Fundação, Liana Ventura se emocionou ao falar sobre o empenho dos envolvidos na construção do guia. “Costumo dizer que a FAV não é feita de paredes nem de equipamentos. Mas sim de pessoas, e são essas pessoas que utilizam nossas paredes e nossos equipamentos para entender de perto os problemas e apresentar as soluções. Todos os dias nós nos questionamos ‘De que maneira podemos cuidar melhor dos pacientes?’, e todos os dias somos desafiados diariamente para oferecer o nosso melhor”, desabafou.