Confronto

Funeral de ativista do Hamas morto por Israel é marcado por tensão na Cisjordânia

Polícia palestina disparou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral durante o cortejo

Abdel Fatah Khrushah, de 49 anos, morreu na última terça-feira (07) junto com outros cinco palestinosAbdel Fatah Khrushah, de 49 anos, morreu na última terça-feira (07) junto com outros cinco palestinos - Foto: Jaafar Ashtiyeh/AFP

A polícia palestina disparou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral nesta quarta-feira (08) durante o cortejo fúnebre de um membro da ala militar do Hamas, em Nablus (norte da Cisjordânia), informou um jornalista da AFP.

Abdel Fatah Khrushah, de 49 anos, morreu na última terça-feira (07) junto com outros cinco palestinos. Eles estavam em uma excursão do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, outra cidade palestina da região.

O homem é autor de um ataque que matou dois jovens colonos israelenses em 26 de fevereiro, no norte da Cisjordânia.

O corpo foi repatriado para Nablus, para ser enterrado no campo de refugiados de Askar, de onde veio.

Coberto com uma bandeira verde do Hamas, o corpo de Fatah Khrushah foi transportado em uma maca e seguido por centenas de pessoas.

A multidão presente atacou verbalmente as forças de segurança preventiva palestinas, posicionadas ao redor da área.

Neste momento, os homens do cortejo chamaram a polícia e as autoridades palestinas de "prostitutas" e "espiões" em nome de Israel. Gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral começaram a ser utilizadas.

As autoridades apreenderam o corpo e o colocaram em uma ambulância, segundo o correspondente da AFP.

A multidão recuperou o corpo um pouco mais tarde e o conduziu sem obstáculos ao local do enterro, entre gritos de "Hamas! Hamas!" e "Nós somos seus homens, Mohamed Deïf", em referência ao chefe das brigadas Ezzedine al Qassam, o braço militar do Hamas.

Citado pela agência de notícias oficial palestina Wafa, o general Talal Dweikat, porta-voz dos serviços de segurança palestinos, declarou que os policiais entraram em ação por conta de uma discussão desencadeada após "um grupo sem relação com a família do falecido ter sequestrado o corpo".

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