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Protestos

Funeral de jovem morto pela polícia começa sob tensão no subúrbio de Paris

Multidão acompanha a cerimônia do lado de fora da Grande Mesquita Ibn Badis, em Nanterre; protestos resultaram em 1.311 prisões na última noite

França foi tomada por protestos, nos últimos dias, depois que um adolescente foi morto em abordagem policial França foi tomada por protestos, nos últimos dias, depois que um adolescente foi morto em abordagem policial  - Foto: Lou Benoist/AFP

Centenas de pessoas estão reunidas na manhã deste sábado para acompanhar o funeral do jovem Naël Merzouk, de 17 anos, morto a tiros pela polícia francesa, na manhã de terça-feira. O público se aglomerou e acompanhou a saída do carro de uma funerária com destino à Grande Mesquita Ibn Badis, em Nanterre, onde haverá uma cerimônia religiosa. Os jornalistas da AFP presentes no local descrevem uma atmosfera "muito tensa".

O funeral acontece após uma noite de novos distúrbios registrados na França, promovidos por jovens inconformados com a morte de Naël, em consequência da violência policial. De acordo com o último balanço das autoridades francesas, 1.311 foram presas nos protestos violentos com incêndios, depredação e saques.

O carro deixou a funerária por volta das 12h, no horário local. Uma cerimônia fúnebre está marcada para o início da tarde na mesquita Ibn Badis. O enterro ocorrerá no cemitério de Mont Valérien.

— Descanse sua alma, que a justiça seja feita. Vim para apoiar a mãe, ela só tinha ele, coitada — disse à AFP uma mulher de Nantes, que não quis revelar o seu nome, à saída da funerária.

Apesar dos pedidos da família de Naël para que a cerimônia fosse o mais intimista possível, e longe das câmeras, centenas de pessoas se reuniram para homenagear o jovem. De acordo com o Le Monde, uma grande multidão está presente para prestar uma última homenagem ao jovem. Mas nem todos conseguem entrar na mesquita.

Segundo o jornal, erca de 200 homens e mulheres rezam na calçada e na calçada em frente à mesquita, estendendo suas roupas no chão para se ajoelharem.

Após sucessivas noites de violência, o presidente Emmanuel Macron adiou sua visita de Estado à Alemanha.

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