meteorologia

Furacão deixa dois mortos no México e nova tempestade se aproxima

Segundo a Defesa Civil as vítimas foram uma mulher e um menino

Barcos são fotografados na água após a passagem do furacão John em Acapulco, MéxicoBarcos são fotografados na água após a passagem do furacão John em Acapulco, México - Foto: Francisco Robles / AFP

Duas pessoas morreram na passagem de John pelo México, onde ele tocou a terra como furacão de categoria 3 na noite de ontem. O fenômeno se dispersava nesta terça-feira (24), enquanto o Caribe mexicano declarava-se em alerta pela aproximação da tempestade Helene.

"Registramos o falecimento de duas pessoas em um deslizamento de terra" na comunidade de Tlacoachistlahuaca, anunciou Evelyn Salgado, governadora do estado mexicano de Guerrero (sul), em entrevista coletiva.

Segundo a Defesa Civil, as vítimas foram uma mulher e um menino que viviam na comunidade, de cerca de 5.000 habitantes e de difícil acesso, por estar localizada em uma região montanhosa.

O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos informou que, às 18h GMT, John estava a cerca de 115 km de Acapulco, com ventos sustentados de 55 km/h, que continuarão provocando chuva.

"Foi um fenômeno forte, com muitas chuvas", disse o presidente Andrés Manuel López Obrador sobre o fenômeno, que tocou a terra perto de Marquelia, em Guerrero, uma região pouco habitada.

A chegada de John causou apreensão nos moradores de Acapulco, onde em outubro de 2023 o furacão Otis, de categoria 5, destruiu o porto e deixou dezenas de mortos e desaparecidos.

"Fiquei doente de nervosismo porque dois dias antes estava ventando (...) como o Otis começou e levantou poeira, folhas, tudo (...) As crianças ficaram histéricas", relatou Marta Sotelo à AFP.

A mulher e seus familiares preferiram ir para um abrigo antes da chegada de John, que deve perder força nos próximos dias.

O furacão Otis surpreendeu autoridades e especialistas em meteorologia porque se intensificou em questão de horas, deixando pouco tempo para previsões.

Alerta no Caribe 
Guerrero e o estado vizinho de Oaxaca foram os mais afetados pela passagem de John, que pouco antes de chegar à costa, atingiu a categoria 3 na escala Saffir-Simpson (que vai até 5).

Em Oaxaca, foram reportadas quedas de árvores em vários municípios da costa e estradas danificadas. Em ambos os estados, milhares de funcionários, entre militares e pessoal de emergência, foram mobilizados. Além disso, cerca de 300 abrigos foram ativados para acolher moradores de áreas de alto risco.

O estado de Quintana Roo (sudeste), onde ficam os balneários famosos de Cancún e Tulum, declarou-se em alerta devido ao avanço da tempestade Helene pelo Caribe.

Segundo a trajetória prevista pelo NHC, o fenômeno ganhará força de furacão no começo desta quarta-feira em frente a Cancún, mas não deve tocar a terra.

Estima-se que o Helene possa impactar na quinta-feira a costa da Flórida, nos Estados Unidos, provavelmente como um furacão superior a 3, considerado potencialmente catastrófico.

O Caribe mexicano foi afetado em julho pela passagem do furacão Beryl, que forçou a evacuação de centenas de turistas e causou pelo menos 18 mortes em ilhas caribenhas, na Venezuela e nos Estados Unidos.

Devido à sua localização geográfica, o México sofre anualmente os impactos de ciclones, tanto na costa do Pacífico quanto na do Atlântico, normalmente entre maio e novembro.

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