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Encontro

G20 no Brasil: Biden e Putin, Lula e Milei, saiba quais líderes devem se encontrar na cúpula do Rio

Brasil assume chefia do grupo com fome e desigualdade no topo da agenda

Presidente do Brasil, Lula, e presidente da Argentina, Javier MileiPresidente do Brasil, Lula, e presidente da Argentina, Javier Milei - Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP; Juan Mabromata/AFP

Marcada para os dias 18 e 19 de novembro, a Cúpula de Líderes do G20 vai reunir no Rio de Janeiro os chefes de Estado ou de governo dos países membros e convidados do grupo. O encontro do G20 no Brasil será o ápice da agenda de trabalho do Brasil à frente da presidência do bloco.

Ao longo do próximo ano, os países vão debater propostas, ideias e soluções para as principais pautas internacionais, que vão nortear a declaração final dos presidentes e as cooperações que serão estabelecidas entre os países membros durante a Cúpula.

A presidência do G-20, inédita para o Brasil, é considerada o ponto alto da agenda internacional de Lula e o evento mais importante para a posição internacional do país. O Brasil assume o comando do grupo da Índia, e passará para a África do Sul em dezembro de 2024.

O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial.

São membros fixos do G20, além do Brasil, com seus respectivos representantes:

África do Sul: Cyril Ramaphosa

Alemanha: Olaf Scholz

Arábia Saudita: Salman bin Abdulaziz Al Saud

Argentina: Javier Milei (toma posse em 10 de dezembro de 2023)

Austrália: Anthony Albanese

Canadá: Justin Trudeau

China: Xi Jinping

Coreia do Sul: Yoon Suk-yeol

Estados Unidos: Joe Biden

França: Emmanuel Macron

Índia: Narendra Modi

Indonésia: Joko Widodo

Itália: Giorgia Meloni

Japão: Fumio Kishida

México: Andrés Manuel López Obrador

Reino Unido: Rishi Sunak

Rússia: Vladimir Putin

Turquia: Recep Tayyip Erdogan

União Africana: Téte António União Europeia: Ursula von der Leyen

A presidência brasileira terá ainda oito países convidados:

Angola: João Lourenço

Egito: Abdul Fatah Khalil Al-Sisi

Nigéria: Bola Tinubu

Espanha: Pedro Sánchez

Portugal: Marcelo Rebelo de Sousa

Noruega: Jonas Gahr Støre

Emirados Árabes Unidos: Mohammed bin Zayed Al Nahyan

Singapura: Tharman Shanmugaratnam

Desde o primeiro mandato de Lula, a política externa tem buscado um alinhamento com outros países em desenvolvimento. Na lista, constam três países da África: Angola, Egito e Nigéria.

A presença de Putin
A presença do presidente russo no G20 é dúvida e pode gerar polêmica. Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) pela acusação de deportação forçada de crianças ucranianas. O mandado fez com que o presidente russo desistisse de comparecer à reunião dos Brics na África do Sul, em agosto.

Em discurso no G20: Lula cobra redução da desigualdade e afirma que vai lançar 'Aliança Global contra a Fome'

Embora Putin tenha sido convidado, o mandado de prisão do TPI por crimes de guerra, em teoria, obriga as autoridade do país africano, que é signatário do Tribunal, a prendê-lo. Apesar de o Brasil também ser signatário, Lula afirmou em setembro que Putin não será preso no país.

Prioridades do Brasil
A presidência brasileira terá três forças-tarefa, que são grupos de trabalho para tratar de assuntos propostos pelo país que ocupa a presidência. No caso do Brasil, esses grupos refletem as pautas prioritárias do governo Lula: Finanças e Saúde, combate à fome e à desigualdade e contra as mudanças climáticas. O governo brasileiro espera ao final da gestão deixar como marca contribuições inéditas e concretas nessas áreas. Haverá, ainda, uma iniciativa pela bioeconomia.

Outro assunto que será pautado pela gestão brasileira é o da governança global. Lula tem criticado a baixa influência e a formação do Conselho de Segurança da ONU na mediação de conflitos internacionais, além de ter defendido que instituições multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, deem prioridade às necessidades das nações em desenvolvimento, sobretudo na área de infraestrutura, e estudem formas de renegociação de dívidas de países em dificuldades.

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