G7 ameaça impor "duras" avaliações contra o Irã caso envie mísseis balísticos à Rússia
EUA não podem confirmar que as entregas de mísseis balísticos já aconteceram, mas uma autoridade da Casa Branca afirmou que havia "um risco real"
Os países do G7 alertaram, nesta sexta-feira (15), que poderiam impor novas e “duras” avaliações ao Irã caso o país enviasse mísseis balísticos à Rússia para serem utilizados na Ucrânia.
"Se o Irã continuar a enviar mísseis balísticos ou tecnologias relacionadas à Rússia, estamos preparados para responder rapidamente e de forma coordenada, até mesmo com novas e duras medidas contra o Irã", afirmou o grupo formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá.
“Estamos muito preocupados com as informações que afirmam que o Irã está considerando transferir” este tipo de arma para a Rússia “depois de ter fornecido drones que são utilizados em incessantes ataques contra civis na Ucrânia”, informaram os principais países industrializados.
Os Estados Unidos não podem confirmar que as entregas de mísseis balísticos já aconteceram, mas uma autoridade da Casa Branca afirmou que havia “um risco real de que isso pudesse acontecer”.
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“Uma opção que consideramos (dentro do G7) seria suspender os voos da companhia aérea nacional Iran Air para a Europa”, disse a autoridade, que pediu anonimamente, durante uma entrevista à imprensa, sem fornecer nenhum outro exemplo concreto.
Washington tem estado preocupado há várias semanas com a intensificação da cooperação militar entre a Rússia e o Irã.
Isso ocorre num contexto em que “as linhas da frente ucranianas se tornam mais vulneráveis a cada dia” e em que o Congresso dos Estados Unidos continua bloqueando a renovação da ajuda militar em grande escala para Kiev, alertou.
Os Estados Unidos também manifestaram preocupação com os laços militares entre a Rússia e a Coreia do Norte, que já começaram a fornecer envios a Moscou, segundo Washington.
Resta saber qual será o efeito de dissuasão desta advertência do G7. Em novembro, o grupo emitiu uma declaração solicitando aos Huthis, um grupo de rebeldes iemenitas apoiados pelo Irã, que parassem os seus ataques a navios no Mar Vermelho, sem resultados significativos.