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EXPLORAÇÃO SEXUAL

Gangue criminosa chinesa 'vendia' mulheres para serem exploradas sexualmente na Espanha e nos EUA

Foram 30 pessoas detidas, 13 em Barcelona e 12 em Madri, enquanto as cinco restantes estavam em outras partes do país

Foram 30 pessoas detidas, 13 em Barcelona e 12 em Madri, enquanto as cinco restantes estavam em outras partes do paísForam 30 pessoas detidas, 13 em Barcelona e 12 em Madri, enquanto as cinco restantes estavam em outras partes do país - Foto: Freepik/Reprodução

A polícia espanhola anunciou, nesta sexta-feira (24) que desmantelou uma organização criminosa chinesa que enganava mulheres asiáticas, algumas menores de idade, para levá-las para Espanha, Grécia e Estados Unidos para serem exploradas sexualmente, em uma operação que deteve 30 criminosos.

As autoridades chegaram a liberar "33 vítimas, uma delas menores de idade" e fecharam os prostíbulos, detalhou a polícia em um comunicado.

Das 30 pessoas, 13 foram detidas em Barcelona e 12 em Madri, enquanto as cinco restantes estavam em outras partes da Espanha.

A tríade, como são chamadas as gangues criminosas chinesas, chamada "Tian Xia She", era "uma rede particularmente violenta que não hesitava em usar armas de fogo e todo tipo de amas brancas" para ferir ou atacar "grupos rivais", indicou o comunicado.

Colaborando com pessoas estabelecidas em países asiáticos, a rede "aproveitava a situação de necessidade e vulnerabilidade" de mulheres jovens para enganá-las oferecendo "um futuro melhor" fora do país, quando na realidade buscavam "explorá-las no exercício da prostituição na Grécia, Espanha e EUA".

Algumas menores foram "vendidas" por fortunas "a chefes de outras organizações asiáticas na Espanha pelo fato de serem virgens", disse a polícia.

Na Espanha, as mulheres eram obrigadas a se prostituir nas cidades de Madri, Barcelona e Zaragoza "em condições análogas a escravidão", como estar disponíveis "durante as 24 horas do dia, 7 dias da semana" até "quitar a dívida contraída" com a organização por tê-las trazido a Europa, que podia ser de 10 mil até a 20 mil euros (valor entre 61,7 e 123,4 mil reais na cotação atual), explicou.

A gangue se envolveu em outras atividades criminosas, como introduzir pessoas, geralmente chineses, ilegalmente e com documentos falsos na Europa, levando-os depois para a América Central e de lá para seu destino final, os Estados Unidos.

Eles também recrutavam menores para vender drogas, como cetamina ou uma substância chamada “água de Deus” ou “água benta”, usada como desinibidor sexual, por 300 euros a dose, acrescentou a polícia.

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