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CASO RARO

'Gêmeo parasita': médicos encontram feto com braços, cabelos e olhos em crânio de bebê de 1 ano

Caso foi relatado no American Journal of Case Reports

'Gêmeo parasita': médicos encontram feto com braços, cabelos e olhos em crânio de bebê de 1 ano'Gêmeo parasita': médicos encontram feto com braços, cabelos e olhos em crânio de bebê de 1 ano - Foto: American Journal of Case Reports/reprodução

Após notar atrasos nas habilidades motoras e falas de sua filha de um ano, uma mãe chinesa levou a bebê para fazer exames de check-up e se assustou ao notar que dentro do cérebro dela havia o feto de seu irmão gêmeo, que morreu durante a gestação, armazenado.

A condição é conhecida como fetus in fetu (FIF) ou gêmeo parasita. A anomalia é rara e consiste no desenvolvimento de um resquício de embrião ou feto dentro do corpo do irmão gêmeo.

Isso geralmente ocorre no abdômen da criança, apenas cerca de 20 casos são conhecidos por terem ocorrido dentro do crânio. O caso da bebê foi descrito no American Journal of Case Reports.

Os médicos começaram a desconfiar de que tinha algo errado durante a gestação da bebê, quando o diâmetro da cabeça parecia grande demais. Ela nasceu de cesariana com 37 semanas, porém, os médicos só foram descobrir a anomalia, um ano depois.

“Ela só conseguia dizer a palavra ‘mãe’ e não conseguia ficar de pé. Além disso, a cabeça dela vinha crescendo cada vez mais”, descreveu a equipe médica.

O feto alojado no cérebro da bebê tinha cerca de 18 centímetros e havia desenvolvido até braços, cabelos e olhos.

Em uma ressonância, os médicos viram a cápsula que as defesas do corpo da menina tinham feito ao redor do feto e pensaram se tratar de um tumor de grandes proporções. Exames mais detalhados, porém, indicaram que se tratava de um feto malformado.

Os médicos realizaram uma cirurgia para a retirada do feto, mas descobriram que, além do gêmeo parasita, a bebê desenvolveu vários tumores ao redor de onde estava o feto. Ele também estava comprimindo o cérebro da bebê de 1 ano, o que levou a uma hipertensão craniana.

A bebê não resistiu à cirurgia e acabou não acordando após o procedimento. Seu prognóstico de sobrevivência era baixo, já que cirurgias deste tipo quase sempre são fatais. Ainda sob efeito da anestesia, ela começou a ter convulsões de difícil controle. Pouco menos de 2 semanas depois do procedimento, ela faleceu.

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