Gêmeos siameses nascem com três braços e duas cabeças, na Índia
Condição acomete um a cada 100 mil nascimentos; cirurgia de separação é complexa e médicos ainda não determinaram se será possível neste caso
Um casal indiano foi surpreendido ao descobrir que seus filhos gêmeos compartilham do mesmo corpo. Eles ficaram chocados quando viram um bebê com duas cabeças, três braços e dois corações. Shaheen Khan e seu marido Sohail sabiam da gravidez gemelar, esperavam por dois filhos inteiramente formados. Ela deu luz no dia 28 de março em Ratlam, no estado indiano de Madhya Pradesh.
A condição é conhecida como parapagus dicefálico — na qual dois bebês estão unidos por apenas um dorso, apesar de terem cabeças e corações diferentes. Muitas vezes, as crianças morrem logo após o nascimento. Mas os gêmeos siameses sobreviveram até agora e foram internados em um hospital na cidade vizinha de Indore para serem monitorados por médicos. A mãe, Shaheen, permanece no hospital distrital em Ratlam.
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A prevalência de gêmeos siameses ocorre é de um em 50 a 100 mil nascimentos, segundo um estudo publicado no American Journal of Medical Genetics. Destes, 11% são gêmeos parapagus dicefálico, aponta um estudo de revisão histórica que saiu no Journal of Pediatric Surgery.
Entre os gêmeos siameses, o mais comum é que eles sejam unidos no peito ou no abdômen. Gêmeos parapagus dicefálico são unidos lado a lado na pelve e parte ou todo o abdômen e tórax, mas com cabeças separadas. Os gêmeos podem ter dois, três (tribrachius) ou quatro (tetrabrachius) braços e duas ou três pernas.
Gêmeos siameses são causados por um óvulo fertilizado que começa a se dividir em dois embriões algumas semanas após a concepção, mas o processo é interrompido antes da conclusão.
A separação cirúrgica de gêmeos siameses é um procedimento delicado e arriscado, exigindo extrema precisão e cuidado. Portanto, a decisão de separar gêmeos é séria.
As taxas de mortalidade de gêmeos que se separam variam, dependendo do tipo de conexão e dos órgãos que compartilham. Desde 1950, pelo menos um gêmeo sobreviveu à separação em cerca de 75% das vezes, de acordo com o Centro Médico da Universidade de Maryland. Nos casos de gêmeos em que as câmaras de bombeamento de seus corações são conjuntas, não há sobreviventes conhecidos.
É somente depois que os gêmeos nascem que os médicos podem usar ressonância magnética, ultra-som e angiografia para descobrir quais órgãos os gêmeos compartilham. Para determinar a viabilidade da separação, os médicos devem avaliar cuidadosamente como os órgãos compartilhados dos gêmeos funcionam.
Após a separação, a maioria dos gêmeos precisa de reabilitação intensiva por causa da malformação e posição de suas espinhas.