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Justiça boliviana

Golpe fracassado: Juiz determina prisão preventiva contra três militares na Bolívia

Os três oficiais enfrentam acusações de levante armado e terrorismo pela tentativa de golpe

Juan José Zuñiga (C), é escoltado por policiais após sua prisão, depois de liderar tentativa de golpe na BolíviaJuan José Zuñiga (C), é escoltado por policiais após sua prisão, depois de liderar tentativa de golpe na Bolívia - Foto: Daniel Miranda/AFP

A justiça boliviana ordenou nesta sexta-feira (28) seis meses de prisão preventiva contra três militares que lideraram o golpe fracassado contra o presidente Luis Arce, entre eles o general Juan José Zúñiga, anunciou o procurador Cesar Siles.

"Esta detenção preventiva que o juiz está dispondo sem dúvida vai estabelecer um precedente", afirmou Siles, que atua como advogado do Estado.

Zúñiga, ex-comandante do Exército; o vice-almirante Juan Arnez, ex-chefe da Marinha; e Alejandro Irahola, ex-chefe da brigada mecanizada do Exército, ficarão detidos em uma prisão de segurança máxima nos arredores de El Alto, uma cidade vizinha a La Paz.

Os três oficiais enfrentam acusações de levante armado e terrorismo, e podem ser condenados a até 20 anos de prisão pela tentativa de golpe, informou Siles à televisão estatal.

Ao todo, foram detidos 21 militares ativos, da reserva e civis pela tentativa de golpe da última quarta-feira, quando tropas com tanques cercaram por várias horas a sede presidencial antes de se retirarem.

De acordo com o governo, os três depostos comandantes do Exército, da Marinha e da Força Aérea estão envolvidos na conspiração.

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