OPERAÇÃO

Suspeitos são alvos de mandados no Recife por "golpe do intermediário" que movimentou R$ 1,5 milhão

Vítimas da fraude eletrônica foram residentes da cidade de Águas Lindas de Goiás

Operação da Polícia Civil mirou suspeitos de fraude no RecifeOperação da Polícia Civil mirou suspeitos de fraude no Recife - Foto: Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação

Operação conjunta entre as Polícias Civis de Pernambuco e de Goiás cumpriu, na manhã desta quinta-feira (4), cinco mandados de busca domiciliar e sequestro de contas bancárias no Recife contra suspeitos de praticar o chamado "golpe do intermediário". 

As vítimas da fraude eletrônica foram residentes da cidade de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, localizada a cerca de 200 quilômetros da capital de Goiás, Goiânia. 

Segundo a corporação pernambucana, os membros da organização criminosa movimentaram cerca de R$ 1,47 milhão só no período da investigação, entre 3 de janeiro de 2022 e 29 de fevereiro deste ano. 

Esse dinheiro, ainda de acordo com a polícia, foi achado nas contas bancárias dos criminosos, que não têm "lastro financeiro para tanto". Por isso, foram expedidas os mandados pelo Poder Judiciário.

"Durante o cumprimento das diligências, foram encontrados diversos cartões bancários utilizados pelo grupo para movimentar os valores provenientes dos crimes e o 'chip' telefônico que fornecia protocolos de internet para a aplicação dos golpes", explicou a Polícia Civil de Pernambuco.

O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário e os integrantes do grupo criminoso deverão responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa. A pena pode chegar a 11 anos de prisão.

Fraude movimentou quase R$ 1,5 milhão. Cartões foram apreendidos | Foto: Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação

Golpe do intermediário
A modalidade do golpe do intermediário atua com a clonagem de anúncios reais de plataformas on-line de venda.

Os golpistas usam as informações para negociar, sobretudo, carros usados ou seminovos, e recebem o pagamento do comprador interessado no veículo.

O golpista se apresenta como intermediário de um negócio de revenda de um produto e pede para o anúncio ser retirado da plataforma. Em seguida, ele recoloca o anúncio no ar com o preço bem mais baixo para atrair um comprador. 

Após feita a intermediação, os fraudadores fazem as duas vítimas, comprador e vendedor, se encontrarem no cartório sem a presença do golpista, que age por mensagens de celular para que o golpe não seja descoberto. 

Por fim, é feita a transferência do dinheiro para o fraudador. O comprador acha que está pagando pelo veículo, mas, na verdade, o depósito é enviado para o criminoso.

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