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Coreia do Sul

Governo da Coreia do Sul faz alerta após trend de consumir palitos de dente fritos

No país, itens higiênicos são feitos de amido de milho com outros ingredientes e corante verde para que se tornem biodegradáveis

Governo da Coreia do Sul faz alerta após trend de consumir palitos de dente fritos viralizar nas redesGoverno da Coreia do Sul faz alerta após trend de consumir palitos de dente fritos viralizar nas redes - Foto: Reprodução

O governo da Coreia do Sul emitiu um alerta um tanto inusitado nesta quarta-feira (23). Por meio de sua conta oficial no X (antigo Twitter), o Ministério da Segurança Alimentar e Medicamentos pediu que a população não coma palitos de dente fritos em óleo, já que “a sua segurança como alimento não foi verificada”.

A mensagem foi publicada após vídeos em que internautas consomem os palitos terem viralizado nos últimos dias nas redes sociais. As publicações são parte de um estilo chamado de “mukbang”, que mostra indivíduos quantidades excessivas de alimentos ou opções consideradas incomuns.

Os palitos de dente na Coreia do Sul não são como aqueles comuns no Brasil, de madeira, mas sim feitos de amido de milho misturado com outros ingredientes e um corante que dá a coloração verde. O material escolhido é para que os itens tornem-se biodegradáveis, porém isso não quer dizer que sejam próprios para o consumo.

“Recentemente, vídeos de palitos de amido, produtos higiênicos, fritos em óleo e consumidos como comida estão em alta nas redes sociais! Os palitos de amido são “produtos de higiene”, não alimentos. Os produtos sanitários são fabricados de acordo com os padrões e especificações de ingredientes, método de fabricação e uso pretendido. Embora a segurança seja gerida, a sua segurança como alimento não foi verificada. Não coma!”, disse o ministério coreano na postagem.

A repercussão da trend inusitada é um reflexo dos efeitos dos vídeos “mukbang” na sociedade sul-coreana. Segundo a revista Time, em 2018 o governo do país chegou a tentar impôr regras para esses tipos de publicações, por temer que elas estimulem comportamentos prejudiciais à saúde pública e problemas como compulsão alimentar. No entanto, medidas nunca foram implementadas devido à recepção negativa pelos sul-coreanos.

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