Logo Folha de Pernambuco

Venezuela

Governo da Venezuela dedica prêmio de jornalismo a Julian Assange

Australiano de 52 anos, foi libertado após se declarar culpado de revelar segredos de defesa como parte de um acordo

Assange foi acusado de ter divulgado a partir de 2010 mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares Assange foi acusado de ter divulgado a partir de 2010 mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares  - Foto: Geoff Caddick/AFP

O governo da Venezuela, que concede anualmente um reconhecimento a meios de comunicação e jornalistas aliados, entregou nesta quinta-feira (27) um "prêmio especial" ao fundador da WikiLeaks, Julian Assange, livre desde 26 de junho após uma batalha judicial pelo vazamento de documentos.

Assange, australiano de 52 anos, foi libertado após se declarar culpado de revelar segredos de defesa como parte de um acordo com a justiça dos Estados Unidos, encerrando assim quase 14 anos de batalha legal.

"Concedemos um prêmio especial em reconhecimento a Julian Assange, a quem dedicamos esta edição do Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar", informaram os organizadores do prêmio em um comunicado divulgado na rede social X.

"Fazemos um reconhecimento com um prêmio especial por reivindicar com sua atuação o jornalismo corajoso, sem medo, e a verdade como a essência de defender a liberdade de expressão e o direito dos povos a serem informados", acrescentou o texto.

Em contraste, organizações defensoras da liberdade de expressão, como Espacio Público, denunciaram uma "escalada" contra a imprensa na Venezuela durante mais de duas décadas de chavismo no poder, documentando o fechamento de cerca de 300 jornais, emissoras de rádio e canais de televisão.

Assange foi acusado de ter divulgado a partir de 2010 mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares e diplomáticas dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão, entre outros países.

O fundador da WikiLeaks foi preso pela polícia britânica em abril de 2019, após passar sete anos na embaixada do Equador para evitar sua extradição para a Suécia em uma investigação por estupro, que acabou arquivada.

Veja também

Justiça decreta prisão de 2º suspeito de participar da morte de delator do PCC
FORÇA-TAREFA

Justiça decreta prisão de 2º suspeito de participar da morte de delator do PCC

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento
COP29

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento

Newsletter