Venezuela

Governo da Venezuela denuncia violação de acordo com oposição e fraude nas primárias

As eleições internacionais da oposição não contaram com a assistência da CNE

Nicolás Maduro no diálogo político da Venezuela denunciou, nesta terça-feira (24), uma violação do acordo assinado com a oposiçãoNicolás Maduro no diálogo político da Venezuela denunciou, nesta terça-feira (24), uma violação do acordo assinado com a oposição - Foto: Pedro Rances/AFP

A delegação do governo do presidente Nicolás Maduro no diálogo político da Venezuela denunciou, nesta terça-feira (24), uma violação do acordo assinado com a oposição, após o que chamou de fraude nas eleições primárias da oposição, realizada no último domingo.

“Houve uma violação flagrante porque aqui no acordo diz que deve ser cumprida uma série de requisitos”, acusou em entrevista coletiva o chefe da delegação do governo e presidente do Parlamento, Jorge Rodríguez, que convocou a eleição de fraude.

“Se quiséssemos cumprir este acordo, fizemos que tivessem realizado eleições com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Além disso, esta Constituição diz que a CNE tem competência exclusiva para eleições, mais precisamente para evitar que quatro bandidos venham a roubar a vontade popular", acrescentou.

As eleições internacionais da oposição não contaram com a assistência da CNE, que, depois de meses de evasivas, propôs no último minuto o adiamento do processo por um mês, para poder organizá-lo.

O negociador-chefe do governo convocou uma reunião urgente da Comissão de Verificação do acordo firmado na semana passada, formada por seu par Gerardo Blyde e por um representante da Noruega, país mediador.

“Há uma violação flagrante do ponto 4” do acordo, que pede que “as condições eleitorais sejam igualmente aplicáveis ao restante dos processos eleitorais”, insistiu. "O que houve no domingo não foi uma eleição."

Segundo Jorge Rodríguez, as condições eleitorais "foram violadas" nas primárias, porque deveriam ter sido realizadas com “auditoria de registro, auditoria dos votos, contagem dos votos e observações internacionais”.

As primárias da oposição foram impugnadas hoje por um dissidente da oposição que alegou que os dados de participação foram inflados. Maduro e outros líderes do chavismo também atacaram como primários usando o argumento de manipulação.

O Parlamento também deve abrir uma investigação, anunciou Jorge Rodríguez, que desafiou a comissão opositora que especifica o processo a chamar o Centro Carter “para contar os votos nas atas das mesas”.

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