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Conflito no Oriente Médio

Governo de Israel diz que há mais de 100 reféns com o Hamas

Informação foi divulgada pelo governo israelense neste domingo; primeiro balanço oficial não detalhava número de prisioneiros

Exército de IsraelExército de Israel - Foto: JACK GUEZ / AFP

O Governo de Israel informou neste domingo (8) que o grupo Hamas tem mais de 100 reféns israelenses. O anúncio foi feito através de um infográfico publicado pela assessoria de imprensa do governo em suas redes sociais, e os números foram confirmados por um funcionário à AFP.

As primeiras informações confirmadas por um porta-voz das forças armadas do país diziam apenas que o grupo palestino havia realizado sequestros após o ataque-surpresa, mas não mencionava quantidade, limitando-se apenas a dizer que eram civis e soldados.

Um alto funcionário do grupo disse que o objetivo da captura de reféns é trocá-los pelos prisioneiros palestinos nas cadeias israelenses. Os prisioneiros estão concentrados nas cidades de Be'eri e Ofakim.

O braço armado do grupo islâmico palestino, que controla a Faixa de Gaza, divulgou no sábado um vídeo que mostra três homens vestidos como civis, visivelmente assustados, que seriam cidadãos israelenses, capturados por seus combatentes.

"Cenas das Brigadas al-Qassam capturando vários soldados inimigos na batalha do 'Dilúvio de Al Aqsa", indicava uma frase que aparecia sobre um fundo preto no início do vídeo.

Os relatos de reféns feitos nas últimas horas provocou reação internacional. "As notícias de civis feitos reféns nas suas casas ou em Gaza são terríveis. Isto é contra o direito internacional. Os reféns devem ser libertados imediatamente", publicou nas redes sociais Josep Borrell Fontelles, chefe da diplomacia da União Europeia.

O infográfico divulgado nas redes mostra também que há mais de 600 israelenses mortos e 2 mil feridos, sendo 200 em "estado crítico", informou a agência francesa. Ao todo, já são quase mil mortos e 4 mil feridos: 313 palestinos mortos e quase 2 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde, e 1.800 judeus feridos.

O Hamas entrou em cidades de Israel a partir da Faixa de Gaza e tomou cidadãos como reféns. Ao mesmo tempo, mais de 2.200 foguetes, de acordo com Tel-Aviv, e 5 mil, segundo Hamas, foram lançados a partir do território controlado pelo grupo.

A ofensiva já é considerada uma das maiores recentes contra Israel. O último conflito de grandes proporções entre Israel e Hamas foi uma guerra de 10 dias em 2021. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra e, em mensagem de vídeo, afirmou que a Faixa de Gaza pagará um "preço sem precedentes" pela ofensiva.

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