Governo do Japão admite que alterou foto "desleixada" de membros do novo Gabinete
No registro original, tirado na última quinta-feira, o novo primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, e outros membros apareciam com manchas nas camisas e calças largas
A foto oficial do novo Gabinete do Japão foi manipulada para melhorar a aparência de seus membros, admitiu um porta-voz do governo após uma série de piadas on-line.
No registro original, tirado na última quinta-feira, o novo primeiro-ministro, Shigeru Ishiba, e outros membros apareciam com manchas nas camisas, calças largas e com um visual "desleixado".
No registro editado, no entanto, além dos ajustes nos trajes e nas cores, algumas das pessoas também tiveram suas proporções editadas, parecendo maiores do que o normal.
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Segundo o porta-voz Yoshimasa Hayashi, a foto foi alvo apenas de ajustes pequenos, pois "serão preservadas para sempre como recordações".
No entanto, essas alterações não conseguiram deter a onda de piadas nas redes sociais. "Isso é pior do que uma foto de grupo de algum tipo de clube de idosos durante uma viagem a uma fonte termal. É totalmente constrangedor", escreveu um usuário no X, citado pela BBC. Outra pessoa também comentou que estava claro que os membros do Gabinete vestiam ternos do tamanho incorreto e sem ajuste.
O novo premier recentemente substituiu Fumio Kishida como chefe do partido governante do país, o Partido Liberal Democrático (LDP), sendo oficialmente nomeado para o cargo na terça-feira passada. Kishida anunciou em agosto que deixaria o cargo, após uma série de escândalos políticos que alimentaram pedidos para que ele renunciasse.
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Nos últimos meses, o LDP se envolveu em um dos maiores escândalos políticos do Japão em décadas. Duas das facções mais influentes do LDP foram acusadas de não declarar adequadamente suas receitas e despesas e, em alguns casos, supostamente redirecionar fundos políticos para legisladores como propinas.
Segundo Ishiba, uma eleição antecipada está planejada para 27 de outubro. A eleição, que deve ocorrer mais de um ano antes do previsto, decidirá qual partido controlará a Câmara Baixa do Parlamento.