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BRASIL

Governo encerra operação de resgate no Líbano com mais de 2 mil repatriados

Repatriação começou em 2 de outubro, quando Israel atacou o Líbano mirando o grupo terrorista Hezzbolah

Governo encerra operação de resgate no Líbano com mais de 2 mil repatriadosGoverno encerra operação de resgate no Líbano com mais de 2 mil repatriados - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O governo federal encerrou a operação "Raízes do Cedro" de repatriação de brasileiros que estavam no Líbano em meio ao conflito que assola o Oriente Médio. Ao todo, 2.663 brasileiros foram resgatados em 13 voos entre Beirute e Brasil.

O governo priorizou o resgate dos brasileiros não residentes, seguido pelos idosos residentes, mulheres gestantes, crianças e pessoas com deficiência. A operação começou em 2 de outubro, quando Israel atacou o Líbano mirando o grupo terrorista Hezzbolah.

O balanço final da operação contabiliza 1.198 mulheres (15 gestantes), 645 crianças de até 12 anos, 247 pessoas com deficiência, 290 idosos, além de 34 animais domésticos. O governo também resgatou familiares libaneses, sírios, paraguaios, argentinos, uruguaios, holandeses, venezuelanos, chilenos, colombianos, palestinos, franceses, peruanos e jordanianos.

Houve, ainda 346 pessoas que não compareceram no aeroporto, apesar de terem solicitado a repatriação. Casos de desistências já eram esperados pelo Ministério das Relações Exteriores. Outras 1.056 desistiram antes de finalizar o processo. A maioria deles conseguiu meios particulares de voltar ao Brasil ou se deslocar para outras regiões.

Foram mais de 300 horas de voo realizado pela Força Aérea Brasileira, com a mobilização de 48 profissionais, sendo 16 médicos, 15 psicólogos e 16 enfermeiros. Além disso, as aeronaves levaram 27,3 toneladas de medicamentos e insumos hospitalares além de 62,5 toneladas de alimentos. Em 12 dos 13 voos de resgate, o KC-30. Em uma delas, o KC-390 Millennium.

Saúde e hospedagem
De acordo com o governo, a Força Nacional do SUS realizou mais de 2,4 mil atendimentos a repatriados com uma equipe formada por 169 profissionais. Foram 1.815 atendimentos psicossociais e 627 assistenciais.

Já sobre a hospedagem, o governo investiu aproximadamente R$ 195 mil em hospedagem temporária e alimentação de 856 pessoas. A empresa aérea Latam emitiu 83 passagens aéreas e a sociedade civil contribuiu com a emissão de 92 passagens de ônibus com destino a diferentes cidades.

A operação
Em razão da escalada do conflito, todas as operações precisaram ser revistas minutos antes de acontecerem, mesmo aquelas que já estavam autorizadas. O governo também precisou estudar rotas alternativas em razão dos bombardeios que ocorreram ao redor do aeroporto de Beirute.

O avião predominantemente usado para o resgate foi o modelo KC-30 da Força Aérea Brasileira, aeronave de grande porte, com três corredores e capacidade para mais de 200 pessoas.

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