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Governo francês defende combate feminista "digressivo" da secretária que posou para a Playboy

Marlène Schiappa, secretária de Estado, posou com um vestido branco e falou sobre direitos das mulheres

Marlène Schiappa, secretária de Estado francesaMarlène Schiappa, secretária de Estado francesa - Foto: Divulgação / Presidência francesa

O governo francês defendeu nesta terça-feira (4) a luta "por vezes digressiva" pelos direitos das mulheres da sua secretária de Estado Marlène Schiappa, que levantou polêmica na França ao posar e dar uma entrevista à revista erótica Playboy.

"Marlène Schiappa está travando uma luta em favor dos direitos das mulheres que ninguém pode retirar ou contestar, às vezes com digressão, mas com eficácia e acima de tudo com sinceridade", disse o porta-voz do governo, Olivier Véran, em entrevista coletiva.

Schiappa, de 40 anos, responsável pela área de Economia Social e Solidária e da Vida Associativa, posou de vestido branco e falou sobre os direitos da mulher, política e literatura na edição da revista para adultos, que sai na quinta-feira (6).

"Defender o direito da mulher de dispor de seu próprio corpo é feito sempre e em qualquer lugar. Na França, a mulher é livre", tuitou a secretária no fim de semana, também autora de livros eróticos e muito ativa nas redes sociais.

Apesar do apoio do Governo nesta terça-feira, a primeira-ministra, Élisabeth Borne, telefonou para Schiappa e lhe disse que considerava a sua aparição na revista erótica "totalmente inadequada", no atual contexto de tensão devido a uma impopular reforma da Previdência, segundo pessoas próximas.

A França registra protestos em larga escala contra o aumento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos a partir de 2030 e o aumento da contribuição para 43 anos a partir de 2027 para o direito a uma pensão integral, reforma que o presidente liberal Emmanuel Macron adotou por decreto.

Vários membros do governo já haviam manifestado seu apoio a Schiappa, como o ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti, ou o ministro do Interior, Gérald Darmanin.

A oposição de esquerda criticou a estratégia de comunicação do governo, depois de o ministro do Trabalho, Olivier Dussopt, ter aparecido na revista LGBTQIA+ Têtu e de Macron ter dado uma entrevista à revista infantil Pif Gadget.

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