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"Governo prevê a vacinação contra Covid-19 nas escolas para o público infantil", diz ministra

Nísia Trindade participou de palestra nesta manhã e disse que, para os adultos, imunização será decidida por cada estado 'com liberdade'

Ministra da Saúde, Nísia TrindadeMinistra da Saúde, Nísia Trindade - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A vacinação contra Covid-19 deverá chegar às instituições de ensino das crianças, informou a ministra da Saúde Nísia Trindade, convidada para um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na manhã desta sexta-feira (10). A ideia do evento era discutir o fortalecimento do SUS e a produção de insumos para a área da Saúde, entre outros temas.

— Há muitas defasagens no Brasil, alguns estados avançaram mais (na vacinação) outros menos. A nossa meta é chegar a 90% da cobertura do esquema vacinal (até o final do ano). Há multas dificuldades por fenômenos como a fake news, mas nosso trabalho é facilitar o acesso. É prevista a vacinação nas escolas, no caso do público infantil, no caso da população adulta cada estado definirá a melhor estratégia com liberdade, mas sempre apoiado pelo Ministério da Saúde — disse Nísia, que relatou surpresa ao receber “fake news” relacionada à vacinação das crianças.

O dado mais recente de atraso de terceira dose (ou primeiro reforço) é de 68 milhões de pessoas que poderiam receber a aplicação, mas não foram buscar as doses. Na mesma reunião, a ministra falou sobre uma mudança no calendário da vacinação de Influenza. Neste ano, a região Norte vacina primeiro.

— Semana que vem chegam os primeiros lotes para essa imunização. A região Norte sofre com o vírus da influenza de forma antecipada — justificou.

Em palestra, a ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e primeira mulher a assumir a pasta federal da Saúde lembrou os três anos desde a decretação da pandemia da Covid-19, e ainda lamentou a marca que se aproxima de 700 mil vidas perdidas para a Covid-19.

Em temas prioritários que a preocupam, explicou a especialista, está o represamento de exames (de volume ainda desconhecido) e a saúde mental, um tema de interesse internacional, afirmou a especialista.

Em relação à vacinação, a ministra diz que recebeu a pasta da Saúde com estoques insuficientes de vacinas bivalentes e zerado para vacinas infantis. Ainda enumerou que o país estava às voltas com o “falso conceito de vacina como escolha individual”, além de negacionismo e fake news impactando todo o esquema vacinal.

Sobre sua atual gestão, a ministra afirmou que há o interesse em organizar o sistema de saúde como um todo e prepara-se, junto a entidades globais para prevenir futuras pandemias. —Não vamos pensar só nas emergências, vamos pensar nas questões estruturantes. Saúde é democracia, inclusão e desenvolvimento — afirmou.

Inovação e produção brasileira
Ainda na conversa, Nísia retomou a fala em sua posse de que o brasil chegaria a produzir 70% da demanda de insumos para Saúde utilizados em todo o país.

— Não é um percentual mágico, desde que existam políticas além do Ministério da Saúde — citando BNDES e outros ministérios.

Por fim, afirmou que a Medida Provisória (MP) para destravar o pagamento do piso da enfermagem deve ocorrer em breve. — Faltam alguns ajustes — explicou.

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