Greta Thunberg leva prêmio internacional e doa R$ 600 mil para a Amazônia
O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (20), em Lisboa, na sede da Fundação Calouste Gulbenkian
A jovem ativista sueca Greta Thumberg, 17, foi a vencedora da primeira edição do Prêmio Gulbenkian para a Humanidade, iniciativa que confere 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,17 milhões) a projetos inovadores contra as mudanças climáticas.
O valor será aplicado pela Fundação Thunberg, criada pela adolescente, em diversos projetos no mundo. A primeira doação, de 100 mil euros (R$ 617 mil), será para a campanha SOS Amazônia, da Fridays for Future Brazil, que combate a Covid-19 na região.
O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (20), em Lisboa, na sede da Fundação Calouste Gulbenkian. A ativista foi selecionada entre 136 nomeações, provenientes de 46 países. Em um vídeo divulgado no evento e posteriormente publicado no Twitter, Greta se disse grata e honrada por ter sido escolhida.
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"O prêmio é de 1 milhão de euros é mais dinheiro do que eu consigo começar a imaginar, mas todo este valor será doado através da minha fundação para diferentes organizações e projetos que estão na linha de frente ajudando às pessoas afetadas pela crise ecológica e pela crise climática, especialmente no sul global", afirmou.
Além do projeto na Amazônia, ela já anunciou que a fundação Stop Ecocide, que pretende transformar o ecocídio em crime internacional, também receberá 100 mil euros. Uma das principais vozes contra as mudanças climáticas nos últimos anos, Greta Thunberg se notabilizou após começar um movimento de greve estudantil em defesa do ambiente às sextas-feiras. A iniciativa, que começou em Estocolmo, espalhou-se por centenas de cidades em todo o mundo.
Em 2019, a jovem foi escolhida a pessoa do ano pela revista Time. Com sua primeira edição em 2020, o prêmio Gulbenkian para a Humanidade atribuirá anualmente 1 milhão de euros para pessoas ou organizações, de qualquer parte do mundo, cujas contribuições contra as mudanças climáticas se destaquem pelo impacto, originalidade e inovação.
O comitê de jurados é presidido por Jorge Sampaio, ex-presidente de Portugal (1996-2006), e conta com a participação de especialistas, políticos e ativistas de várias partes do mundo. Em declaração no evento que anunciou a vitória de Greta Thunberg, Sampaio destacou a maneira como a jovem "conseguiu mobilizar as gerações mais novas para a causa do clima e a sua luta tenaz por mudar um status quo que teima em persistir, que fazem dela uma das figuras mais marcantes da atualidade".