Região Metropolitana do Recife

Greve do metrô chega ao sexto dia sem apontar soluções para fim da paralisação

Com falta de metrô, busca por ônibus aumenta

Greve dos metroviáriosGreve dos metroviários - Foto: Júnior Soares/Folha de Pernambuco

A greve dos metroviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) chega ao sexto dia nesta quarta-feira (16), e a procura pelas linhas de reforço do Grande Recife Consórcio de Transporte só aumenta. Até agora, nenhuma solução parece apontar para o fim da quebra de braços entre os trabalhadores e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

No TI Camaragibe, Karine Patrícia, que trabalha no Aeroporto Internacional do Recife, Zona Sul do Recife, conta estar enfrentando o dilema de sair de São Lourenço da Mata, na RMR, para chegar ao local de serviço. São três horas de trajeto por dia na linha TI Camaragibe/TI TIP, em virtude da greve.

“Está sendo muito difícil. Chego a passar mais de três horas dentro de um ônibus. No metrô, era uma hora e meia. Mas, mesmo sendo prejudicada, eu acredito que a greve é válida, porque, muitas vezes, o trabalhador é desmerecido. Infelizmente, as coisas só acontecem assim”, pontua.

Utilizando a mesma linha, a chapeira Janaína Gomes afirma que tem chegado atrasada todos os dias ao trabalho. Ela pontua os problemas estruturais dos coletivos e chega a dizer que todos os dias passa por um perrengue diferente.

"Eu já presenciei ônibus quebrados, motoristas ignorantes, os carros superlotados e isso só prejudica ainda mais a rotina. Uma coisa que a gente poderia chegar em casa rápido, demora duas horas, para ter que acordar cedo no outro dia”, explica.

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) afirma à reportagem que a greve permanece mantida por tempo indeterminado e que entrou com recurso pedindo anulação da medida que prevê o pagamento de multa diário de R$ 60 mil em caso de descumprimento da ordem do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), que determinou o funcionamento pleno da frota nos horários de pico (5h30 às 8h30 e 17h às 20h).

O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, disse ainda que, até o momento, a CBTU não sinaliza em querer avançar nas negociações e apresenta o mesmo índice de 3,45% de reajuste, que é considerado abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A categoria pede 7%.

A Folha de Pernambuco entrou em contato com a CBTU, mas, até a publicação desta matéria, não recebeu resposta. Assim que o retorno for dado, a reportagem será atualizada.

Brasília
Uma comissão de profissionais da categoria está em Brasília, desde a última segunda-feira (14) para tentar uma reunião com o presidente Lula, onde vão apresentar as reivindicações de reajuste salarial, melhores condições de trabalho e a não privatização do Metrorec. O ato deve acontecer na manhã da quinta-feira (18).

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