Greve dos metroviários chega ao 19º dia e gera expectativa por vistoria de autoridades
Usuários começam a semana com caos, devido à crise do transporte
No dia da vistoria de uma comitiva federal para averiguar a situação de sucateamento do Metrô do Recife, a greve dos metroviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) chega ao 19º dia, nesta segunda-feira (21). Determinado pela justiça, o metrô, durante a paralisação, funciona apenas em horário de pico desde a última sexta-feira (18): das 5h30 às 8h30 e das 17h às 20h.
Nesta manhã, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) recebe autoridades federais para vistoriar o Metrorec. A comitiva é formada por representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e do Grande Recife Consórcio de Transportes, além dos presidentes das Câmaras e os prefeitos da RMR, vereadores do PT/PE e parlamentares membros da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
O corpo gerencial e técnico da CBTU fará uma apresentação sobre a atual situação da Companhia e haverá visitao à oficina do Centro de Manutenção de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, para que as autoridades tenham dimensão da atual situação do sistema metroviário do Recife. A ideia é que a comitiva ande metrô para avaliar condições.
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Durante o horário de pico, na Estação Joana Bezerra, região central do Recife, o fluxo de passageiros esta manhã chama atenção pela alta procura a caminho do trabalho. O período é difícil para quem mora mais distante das estações metroviárias, como a auxiliar administrativa Carina Patrícia, que sai de Olinda todos os dias. Ela enfrentou momentos difíceis, logo no começo da paralisação, quando as atividades estavam completamente interrompidas.
“Quando não tinha ônibus, a gente acabou usando aplicativo. Quando não tinha metrô, eu usei a linha Aeroporto. O problema dessa linha é que ela viajando todo o bairro de Boa Viagem”, diz.
A passageira disse que nfrentou problemas com a Integração Temporal, que permite a utilização de mais de um veículo coletivo em até duas horas.
"Como tem a Integração Temporal, quando pegava outro ônibus, eu tinha que custear outra passagem, porque eu moro em Olinda. É muito longe daqui. De metrô, eu levo 20 minutos para chegar ao trabalho, já de ônibus, o tempo seria de 35 minutos”, complementa.
O eletricista Nilson Lucena concorda com a mobilização dos metroviáriosa, porém acredita que, por mais legal que seja, a greve atrapalha a vida dos cidadãos e afeta outras áreas. Ele mora em Olinda e trabalha na Imbiribeira, Zona Sul da capital pernambucana.
“No tempo que o metrô estava totalmente paralisado, eu precisei pegar aplicativo. O preço estava dinâmico [em alta]. Mesmo com o percurso sendo curto, eles se aproveitam”, ponta.