EDUCAÇÃO

Greve nacional: UFPE divulga nota respondendo a demandas de estudantes sobre as aulas; confira

Apesar da greve nacional, reitoria afirma que reitera os compromissos, sobre demandas de adequação de rotinas quanto ao calendário acadêmico

Greve nacional: UFPE divulga nota respondendo à demandas de estudantesGreve nacional: UFPE divulga nota respondendo à demandas de estudantes - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Tendo aderido à greve nacional da educação na último dia 22 de abril, a administração central da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou, nesta quarta-feira (5), nota voltada para os estudantes de todos os cursos, técnicos(as) e docentes.

Considerando o contexto de greve nacional em andamento, a administração afirma no ofício que reitera os compromissos, respondendo às demandas de adequação de rotinas da gestão quanto ao calendário acadêmico. 

Confira, na íntegra, a nota da administração da UFPE:

"Considerando o contexto de greve nacional em andamento, legitimamente aprovada pelas entidades representativas da UFPE, externamos compromissos, na condição de gestão, a fim de responder às demandas de adequação de rotinas da gestão acadêmica quanto ao calendário acadêmico. Assim, comprometemo-nos em:

1) flexibilizar, excepcionalmente, o registro da frequência dos(as) estudantes em todos os cursos de graduação e pós-graduação no semestre 2024.1, após a deflagração da greve, não sendo necessário o seu eventual cômputo;

2) ofertar aos estudantes de graduação, já matriculados em 2024.1, novo prazo para modificação e correção de matrícula quando da finalização da greve, podendo ser retiradas disciplinas bem como efetuado trancamento de semestre sem ônus;

3) flexibilizar a consolidação das disciplinas da Graduação e da Pós-Graduação Stricto Sensu e os prazos finais para fechamento das cadernetas na graduação, em decorrência do período da greve;

4) flexibilizar a matrícula em estágio obrigatório da graduação nos casos estabelecidos em edital de matrícula, em qualquer período, quando da finalização da greve, desde que a/o estudante esteja vinculada/o à UFPE no momento da solicitação;

5) suspender, excepcionalmente, os efeitos específicos da Recusa de Matrícula durante o semestre 2024.1;

6) buscar soluções e ajustes referentes às atividades acadêmicas dos Programas de Pós-Graduação (PPGs), a partir de demanda dos seus colegiados, correspondente ao período da greve;

7) garantir, após a conclusão da greve, a reposição das aulas não ministradas bem como das demais atividades acadêmicas junto às instâncias competentes na instituição, com diálogo envolvendo as entidades representativas na UFPE; e

8) encaminhar, em momento oportuno, proposta de adequação da Resolução nº 24/2023 e suas alterações, que tratam do calendário acadêmico-administrativo pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), a fim de realizar os ajustes necessários em atendimento a exigências legais e acadêmicas.

Greve nacional
Os professores da Universidade Federal de Pernambuco recusaram a proposta de reajuste salarial oferecido pelo governo federal em uma assembleia realizada em 25 de abril, na Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe).

Entenda a proposta do governo
Após propor aumentar o salário dos docentes em parcelas iguais de 4,5% em 2025 e 2026, a proposta mais recente do governo para os professores, apresentada no dia 19 de abril, é de 9% de reajuste salarial em 2025 e 3,5% em 2026.

Para 2024, porém, a categoria continuaria com zero de reajuste salarial e aumento apenas nos benefícios, o que exclui os aposentados. Em nota, a diretoria da Adufepe reafirmou que 0% de reajuste em 2024 não é aceitável.

Já em relação à carreira docente, a proposta avançou um pouco, especificamente no que diz respeito a progressões e promoções. O governo propôs alterar os percentuais de step (diferença salarial recebida pelo docente toda vez que progride na carreira), que passariam de 4%, para 4,5%.

O principal ponto da pauta de reivindicações dos docentes é a recomposição salarial. Com perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, os docentes pedem correção de 22% com parcelas de 7,06% para 2024, 2025 e 2026.

Os profissionais da Educação Superior também requerem reestruturação da carreira, condições de trabalho, recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino e outros pontos específicos.

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